Para Marin, responsabilidade de encher estádios é dos dirigentes

O presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL), José Maria Marin, deixou com os dirigentes do futebol brasileiro a responsabilidade de tentar encher os estádios após a Copa. A grande preocupação é com cidades como Cuiabá, Manaus, Brasília e Natal, que gastaram mais de R$ 2 bilhões com suas arenas, e onde a média de público nos estaduais não passa de mil pagantes por jogo.

– Vai depender da criatividade dos nossos dirigentes, confiamos na capacidade deles. Agora, por exemplo, vamos fazer Flamengo x Santos em Brasília. Depende da boa vontade de todos: se tiver, vai dar certo – disse Marin.

A declaração foi dada na entrevista coletiva após a reunião entre COL e Fifa que marcou a contagem regressiva de 30 dias para o início da Copa das Confederações, no Riocentro.

O fato marcante do encontro foi a imagem de Marin sentado junto ao secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke. Porém, os dois não trocaram uma palavra sequer: o entrosamento de Valcke é muito maior com Ronaldo Nazário: os dois passaram o tempo todo trocando ideias. Foi Ronaldo quem intermediou o acordo da Fifa com Andres Sanchez, representante do Corinthians, e garantindo a permanência da arena paulista na abertura da Copa de 2014.

– Não assinamos nenhum contrato, mas demos um bom aperto de mãos. A data de entrega é dezembro de 2013, e será respeitada – disse Valcke.

A organização homenagou os voluntários da Copa das Confederações: três foram escolhidos para representar os 5.652 que vão trabalhar na competição, a partir de 15 de junho. Djalma dos Reis, Guy Salvi e Luiza Waddington desfilaram com o uniforme e posaram para fotos com Ronaldo.

645 mil ingressos vendidos

Se para depois do Mundial existe a preocupação com a lotação dos estádios, para a o evento-teste a situação está bem encaminhada. A Fifa divulgou o novo balanço da comercialização de ingressos: 645 mil já foram vendidos, 76% da carga total.

O jogo mais procurado é México x Itália no Maracanã, com 65.960 bilhetes comprados pelo público até agora. Para a final a venda foi de 64.245 ingressos. A partida com menor interesse é Nigéria x Taiti, no Mineirão, com apenas 13.077.