Consta do relatório do CNJ que o número de casos julgados não acompanha o volume de processos que entram no Judiciário e, por causa disso, a taxa de produtividade não evolui. Para infortúnio da nação, somos obrigados a reconhecer que há anos o Poder Judiciário não cumpre com o seu maior papel, que é fazer justiça. Ouve-se falar de um tempo em que o credor batia à porta do devedor para exigir o cumprimento da obrigação, dizendo que se não honrasse com o prometido, iria entrar na “justiça”. O devedor, com temor das penas da lei, empreendia esforços para resolver o litígio. Modernamente, é o devedor que diz ao credor: “Não está contente, entre na justiça”. Em síntese, o monstro da omissão e da morosidade, gerados no próprio ventre do Poder Judiciário, é agora utilizado sem cerimônias para dissuadir às vítimas. Entendo que é necessário uma mudança de paradigma, de mentalidade dos conciliadores, juízes e da própria Justiça em relação aos réus.
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