Um alto salário pode não ser mais o melhor atrativo nas empresas quando se trata de jovens profissionais. É o que sugere recente pesquisa realizada pelo site de empregos InfoJobs com 2 mil trabalhadores de 18 a 24 anos, em todo o país. Segundo o estudo, 56% dos entrevistados disseram que valorizam mais um plano de carreira do que uma polpuda remuneração depositada na conta bancária todo início do mês.

Continua depois da publicidade

Leia as notícias de Empregos

– A preocupação dessa geração é ter a possibilidade de enxergar o futuro, saber onde pode chegar, o que pode fazer (tanto ela própria quanto a empresa) para atingir essa meta e quais são claramente os próximos passos desta jornada – explica Kira Kimura, gerente de Recursos Humanos do InfoJobs.

Segundo Kira, além do desenvolvimento profissional, a satisfação pessoal é outro foco de atenção dos profissionais desta faixa etária:

Continua depois da publicidade

– Trabalhar em uma empresa cuja cultura organizacional esteja de acordo com seus valores e princípios pode melhorar os resultados e trazer maior satisfação e engajamento. A boa empresa é aquela que proporciona ao profissional que ele se sinta como parte do grupo e onde exista uma troca positiva de experiências. É uma característica desta nova geração buscar mais qualidade de vida e não apenas salário, salário e salário. E é importante que as empresas se adaptem a essa tendência – acrescenta.

Atualização e adaptação profissional constante

Independentemente da área de atuação, o profissional deve se preocupar em se manter atualizado em relação às tendências de seu mercado e ao seu desenvolvimento. As empresas procuram, cada vez mais, não apenas o especialista, mas o profissional que busca se desenvolver e que tem a habilidade de se adaptar às mudanças de mercado, que são cada vez mais frequentes na atualidade. Essa já é uma tendência, visto que 82% dos entrevistados pelo levantamento pretendem iniciar um curso de capacitação nos próximos seis meses, sendo que 80% não se consideram bem pagos no atual emprego.

Além disso, estar preparado para assumir novos desafios requer dedicação e esforço. Por isso, os jovens profissionais reconhecem a importância de se aprimorar. Entre os entrevistados, 30% estão cursando ensino superior e 9% estão estudando outros idiomas, com o objetivo de se preparar para atender às exigências do mercado – sendo que 72% aspiram ao cargo de gerente ou diretor.

Continua depois da publicidade

Por fim, Kira alerta para o risco de acreditar que o crescimento profissional dependa apenas da empresa. Ao contrário: a preocupação com a carreira tem de ser bilateral:

– O plano de carreira, querendo ou não, tem uma parcela da empresa, mas é de responsabilidade do profissional, de se tornar diferenciado, estudar, pensar no futuro, ter as suas próprias metas e trabalhar por isso, para se desenvolver de forma diferencial. Independentemente de em qual empresa está no momento, o profissional não pode perder o foco em se diferenciar – conclui.