Após pressão internacional, os governos dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha relativizam o episódio envolvendo David Miranda, companheiro de Glenn Greenwald, jornalista do The Guardian envolvido com Edward Snowden, delator de um escândalo de espionagem.
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O governo americano, que foi alvo das reportagens com revelações de Snowden, declarou ontem por meio de um porta-voz da Casa Branca que a decisão de deter Miranda “não foi feita por pedido ou envolvimento do governo americano”. No entanto, o governo americano confirmou ter recebido um aviso de que o nome de Miranda estava em uma lista de passageiros – informação que poderia reforçar a perspectiva de investigação sobre o caso.
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“O ministro das Relações Exteriores britânico (Wiliam Hague) teve uma conversa particular com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, sobre a detenção de David Miranda durante uma ligação telefônica esta tarde [19]. Eles concordaram que representantes dos governos brasileiro e britânico permanecerão em contato sobre o assunto. Esta continua sendo uma questão operacional da Polícia Metropolitana de Londres’, diz a nota.
Em seguida, a embaixada reitera que as relações com o Brasil são intensas e de estreita parceria: ‘O Reino Unido e o Brasil têm uma forte relação bilateral. Nós trabalhamos em estreita parceria em diversas áreas, incluindo comércio e investimento, educação e energia. Continuamos a discutir uma vasta gama de questões de importância mútua para a política externa e para a agenda de segurança internacional’, diz o embaixador britânico, Alex Ellis, no comunicado.