A França precisa reduzir o ritmo da austeridade para ajudar a economia, em recessão, a voltar ao caminho do crescimento, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado nesta segunda-feira. Em sua análise anual da segunda maior economia da zona do euro, o FMI também afirmou que a França precisa cortar seus gastos, mas sem aumentar os impostos, acrescentando que eles já estão “entre os mais altos para os padrões internacionais”.
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“No final de 2013, o governo terá encerrado dois terços de seus esforços para levar os déficits a uma posição estável. Dado o histórico e a ainda hesitante recuperação, o governo deve reduzir o ritmo dos ajustes” disse.
Enquanto a França luta para controlar seu déficit, o presidente François Hollande disse, no mês passado, que a “recuperação da economia está aqui”, mas que ele não pode descartar o aumento dos impostos para ajudar a equilibrar o orçamento. Contudo, o FMI alertou contra essa ação, dizendo que isso poderia dificultar tanto os investimentos como a criação de novos empregos.
Em junho, o número de pessoas que procuram empregos na França atingiu um novo recorde de 3,28 milhões, marcando uma alta de 11,2% na comparação anual, e o 26º mês consecutivo de crescimento do desemprego.
O FMI também alertou que a França deve terminar o ano em recessão, com o Produto Interno Bruto (PIB) se contraindo 0,2% em 2013, e previu um crescimento fraco de 0,8% no próximo ano.
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