A ameaça de uma intervenção militar americana na Síria “continua real”, advertiu neste domingo o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, John Kerry, um dia depois do acordo entre Washington e Moscou para destruir o arsenal químico do regime sírio.

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– A ameaça da força persiste, a ameaça é real – disse Kerry em coletiva de imprensa em Israel com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

– Não podemos dizer palavras vazias sobre questões internacionais – afirmou Kerry.

O secretário de Estado fez essas declarações depois de uma reunião de quatro horas com Netanyahu, durante a qual o acordo entre americanos e russos sobre o arsenal químico sírio foi abordado, assim como negociações de paz em curso entre israelenses e palestinos.

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– Não se enganem, não esvaziamos opção alguma – alertou Kerry, no momento em que o acordo assinado neste sábado em Genebra deixou mais distante a ameaça imediata de ataques americanos, projetados por Washington e seus aliados para “punir” o regime de Bashar al-Assad, acusado de ter efetuado um suposto ataque com armas químicas em 21 de agosto em Ghouta, subúrbio de Damasco.

– Armas de destruição em massa foram utilizadas por um Estado contra seu próprio povo. É um crime contra a Humanidade, e isso não pode ser tolerado”, acrescentou Kerry.

Netanyahu afirmou que desmantelar o arsenal químico tornaria a região “muito mais segura”.

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– O mundo deve garantir que os regimes extremistas não possuam armas de destruição em massa, porque, e a Síria ainda deu um exemplo disso, se isso não for feito, eles as utilizarão – declarou o primeiro-ministro israelense.

– Para que a diplomacia tenha alguma chance de ser bem-sucedida, ela deve ser acompanhada de uma ameaça militar crível – acrescentou Netanyahu.