A psicanalista Maria Leite, doutora em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participou na manhã desta terça-feira de um bate-papo com internautas do diario.com.br sobre casos de incesto e pedofilia. Durante o chat, Maria atribuiu à morosidade do Estado a ocorrência dos casos de violência sexual.
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– No meio judicial, é uma batalha árdua para a vítima. Este é um dos motivos que leva os agressores a não ter medo dos seus atos. Sabem que dificilmente serão considerados culpados – relata a especialista, que aponta como possíveis agressores as pessoas que foram vítimas de violência sexual na infância ou adolescência.
Nestes casos, são recomendados ao agressor os tratamentos psicológico e psiquiátrico. Outra medida imposta ao pedófilo é a restrição da liberdade. Às vítimas é necessário o apoio da família, além do tratamento psicológico. Maria alerta que caso a criança ou o adolescente entre num processo depressivo é fundamental o acompanhamento de uma psiquiatra, que poderá receitar medicamentos.
Quando a violência sexual é cometida por um membro da família da vítima, o agressor geralmente ameaça a vítima. Em caso de suspeita de agressão, os familiares e pessoas próximas à criança devem ficar atentos aos seguintes sintomas: inibição, processos depressivos, agressividade, dificuldade de se comunicar com os adultos e queda no rendimento escolar.
Caso Passo de Torres
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Na sexta-feira, 15, um carpinteiro de 40 anos foi preso provisoriamente suspeito de abusar sexualmente de três filhas. O homem foi denunciado por um dos filhos. No final da tarde de segunda-feira, 18, o suposto agressor foi encontrado morto na cela que ocupava na delegacia de Polícia Civil de Passo de Torres, no Sul do Estado.