Um dia após a divulgação de um dossiê sobre o Instituto de Cardiologia, o diretor do Hospital Regional de São José, dr. Jamil Cheren comentou os problemas apontados pelos 12 médicos que assinaram o documento. De acordo com o diretor, a falta de pessoal é o problema mais grave. Ele acredita que esta questão deva começar a ser resolvida em quatro semanas.
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Cheren explicou que na última terça-feira o conselho gestor da Secretaria do Estado da Saúde autorizou a contratação de 13 médicos cardiologistas, o que segundo ele, deve amenizar a situação.
– Existe uma demanda de médicos concursados que terão 30 dias para dizer se querem ocupar estas vagas. Feito isso, há um período para análise da documentação. Antes de 60 dias não teremos essa situação concluída.
Há o indicativo, porém, da contratação de enfermeiros e técnicos de enfermagem que devem, nas próximas semanas, começar a atender a demanda.
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Outra queixa apresentada no dossiê é a falta de medicamento. O direto disse que esse é um problema real e que vem se agravando nas últimas semanas. Ele comentou, inclusive, o fato de dois médicos terem comprado remédios por contra própria.
– O problema existe, mas essa situação foi excepcional. A urgência do atendimento exigia aquele medicamento e eles compraram, mas não é o que acontece – explicou Cheren.
O Instituto de Cardiologia deve passar por uma reforma, mas para o diretor a estrutura não é o maior problema do lugar que tem uma média de 40 atendimento por dia.
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– Se você comparar com emergências de hospitais gerais, não é um número grande, mas tendo em vista que a cardiologia é uma área cujo o atendimento é mais demorado.
Para Cheren, por ser referência no Estado, o Instituto acaba recebendo uma demanda maior do que a sua capacidade. Muitos desses casos, que exigem o atendimento em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), acabam tendo que ser transferidos por falta de leito.