Foi-se o tempo em que estar nas ruas, na televisão e no rádio era suficiente para conquistar a simpatia do eleitor. Com a internet, os candidatos à Prefeitura de Joinville estão usando as redes sociais e sites oficiais de campanha para aumentar a visibilidade e tentar interagir com a população.
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Seja para informar suas agendas, distribuir mensagens otimistas e ou até fazer análises e críticas com relação aos seus concorrentes, os cinco nomes exploram uma tendência que surgiu com força nas eleições de 2010 e deve ser consolidada neste ano: a obrigação de estar sempre com um olho no online.
Apesar do uso intensivo do meio, a internet é ainda considerada um terreno incerto para medir o sucesso ou o fracasso de um candidato.
Segundo o consultor político e professor da USP Gaudêncio Torquato, o uso da internet e das redes sociais em uma campanha deve ser estudado com calma, levando em conta, principalmente, o perfil do candidato e suas preferências para se comunicar com a população antes de sair criando perfis.
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– O País tem mais de 50 milhões de usuários da internet e a maioria dos candidatos vai usar as redes sociais como nunca, mas é importante não abusar. O uso descarado deste meio pode ser um bumerangue, voltando-se contra o candidato -, explica.
Para Gaudêncio, a internet pode ajudar o candidato a fixar sua imagem, além de mobilizar suas bases e informar melhor a população sobre suas ações. Mas, garante, nenhuma utilidade é tão importante quanto a interação de públicos.
– Não adianta passar muita informação. O interessante é que exista uma abertura para que o eleitor possa se manifestar, conversar, trocar ideias. Isso ainda não acontece com eficiência no Brasil. É preciso que os candidatos peguem o espírito das redes sociais para que essa participação tenha sucesso -, argumenta.
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O estrategista em marketing digital Gabriel Rossi segue na mesma linha e critica o uso das redes sociais como forma de conversar apenas com militantes. Para ele, “o que se vê até o momento é que não há novidades no uso das redes sociais, por exemplo. Os candidatos ainda estão mais preocupados com a tecnologia do que com o seu comportamento e o do eleitor. É preciso verificar não apenas o público ligado em política, mas conquistar novos eleitores”.
Entre os candidatos joinvilenses, o microblog Twitter e o Facebook são as redes mais usadas, ainda que boa parte do conteúdo seja produzida por assessores e integrantes dos comitês de campanha e haja pouca interação com outros usuários.
As estratégias são distintas: enquanto o candidato peemedebista Udo Döhler participa de 15 redes diferentes, o prefeito Carlito Merss (PT) recém-inaugurou sua conta no Twitter.
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O candidato do PSD, Kennedy Nunes, é um usuário antigo do site e um dos mais participativos, hábito também de Leonel Camasão (PSOL). Já Marco Tebaldi (PSDB) usa mais o Facebook, informando sua agenda e postando fotos do dia a dia da campanha.
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