O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), vê as eleições municipais de outubro como um “grande teste ideológico”. Para ele, a campanha servirá para mostrar às lideranças que ficaram no partido – depois da debandada para o PSD – se a formulação programática do partido continua a ter adeptos ou não.
Continua depois da publicidade
Agripino está em Santa Catarina para participar, nesta sexta-feira, do Encontro Regional do DEM no Sul do Brasil. O partido espera reunir, em São José, cerca de 600 lideranças. O evento conta também com a presença do presidente da Fundação Liberdade e Cidadania, José Carlos Aleluia.
Confira, em vídeo, a íntegra da entrevista com o senador Agripino Maia na redação do DC:
O DEM catarinense foi um dos maiores atingidos com a migração de lideranças para o PSD. Perdeu um governador (Raimundo Colombo), dez deputados e cerca de 40 prefeitos. Senador fala em “ataque” aos quadros demistas
– Santa Catarina é um estado onde o DEM sempre foi forte. É claro que houve um ataque aos nossos quadros, mas o eleitor não mudou. Basta ver que tínhamos 122 mil filiados e com a evasão da cúpula o eleitor não foi embora, continuamos com 117 mil filiados – contabiliza o senador.
Em termos nacionais, a projeção da caúpula partidária é crescer com relação às eleições municipais de 2008. De acordo com o presidente nacional, na última eleição, a sigla não elegeu nenhum prefeito de Capital, mas hoje considera ter pré-candidatos bem posicionados em Salvador (Bahia), Recife (Pernambuco), Aracaju (Sergipe), Fortaleza (Ceará) e Campo Grande (Mato Grosso do Sul).
Continua depois da publicidade
Com relação à saída do governador Colombo, que deixou de ser demista em maio do ano passado, Agripino Maia diz que prefere não fazer “críticas”, mas lança uma provocação ao afirmar que o Estado de Santa Catarina ainda “não ganhou nada” com a mudança do governador para um partido teoricamente mais próximo do governo federal.
O demista encarou a criação do PSD como um ato de “oportunismo” do prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e que muitas lideranças viram na iniciativa uma chance de aproximação com o governo Dilma e, com isso, de garantir “benesses”.