O primeiro semestre de 2012 terminou com más notícias para a indústria, segundo a análise “A indústria em crise” divulgada por meio da Sondagem Industrial, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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“Trata-se de um semestre perdido para a indústria” argumenta o texto do documento.
A análise pondera que, apesar do aumento dos gastos públicos, a queda dos juros e a entrada em vigor de algumas medidas do Plano Brasil Maior, não foi constatada a “esperada reação” da atividade do setor ao longo dos seis primeiros meses do ano.
Na avaliação da CNI, a estratégia de crescimento por meio de estímulos ao consumo dá claros sinais de esgotamento. “Como prova disso, a falta de demanda ganhou importância no último trimestre, entre os principais problemas enfrentados pela indústria, mesmo com a adoção das recentes medidas de estímulo” avalia a entidade.
Esse quadro reflete, de acordo com a CNI, um elevado nível de inadimplência que limita as políticas do governo e passou também a ganhar importância para a indústria. Entre as más notícias para o setor, o documento cita o novo recuo da produção em junho – o quarto em seis meses -, a aceleração do ritmo de queda do emprego no segundo trimestre e a utilização da capacidade instalada abaixo do usual no período de janeiro a junho.
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Mesmo com a baixa atividade, a CNI destacou que houve aumento dos estoques em cinco dos seis primeiros meses do ano, atingindo em junho o mesmo patamar de janeiro.