O papa Francisco pediu que os embriões humanos “não sejam tratados como material descartável”, a ponto de “morrer”, ao receber nesta quinta-feira no Vaticano o comitê italiano de bioética.

Continua depois da publicidade

“O objetivo é resistir à cultura do descarte, que tem muitas caras, entre elas a de tratar como material descartável os embriões humanos”, disse o papa argentino ao comitê de especialistas italianos, criado há 25 anos.

O papa reiterou às autoridades científicas italianas sua firme defesa da vida “desde sua concepção até a morte”, disse.

“Esse princípio ético é fundamental para a aplicação da biotecnologia no campo da medicina”, alertou o pontífice argentino.

O chefe da igreja católica reconheceu que “está contente com a consciência pública adquirida sobre esses temas em vários níveis” e garantiu que “é capaz de discernir e trabalhar sobre a base de uma racionalidade livre e aberta, com valores constitutivos da pessoa e da sociedade”, disse.

Continua depois da publicidade

“A maturidade civil é um sinal de que a semente do evangelho tem dado frutos”, concluiu.

Francisco, que costuma ser criticado pelos setores mais conservadores por manter uma atitude menos beligerante sobre esses temas e evita lançar anátemas, nas últimas semanas condenou explicita e reiteradamente o aborto, a eutanásia e toda “confusão entre o matrimônio e as uniões homossexuais”, explicou.

bur-kv/jz/mm