O papa Francisco convocou nesta terça-feira em Santiago de Cuba os cubanos a cuidarem da família, que é o antídoto contra a “fragmentação e a massificação” que convertem os homens em “indivíduos isolados fáceis de manipular e de governar”.

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“Sem a família, sem o calor do lar, a vida se torna vazia, começam a faltar as redes que nos sustentam na diversidade, nos alimentam no cotidiano e motivam a luta pela prosperidade”, disse o Papa durante um encontro com a família cubana na Catedral de Santiago de Cuba, 900 km a leste de Havana.

Francisco ressaltou que a família, classificada por ele de “escola da humanidade” e de “verdadeiros espaços de liberdade”, “nos salva de dois fenômenos atuais: a fragmentação e a massificação”, que transformam “as pessoas em indivíduos isolados e fáceis de manipular e de governar”.

“Sociedades divididas, quebradas, separadas ou altamente massificadas são consequência da ruptura dos laços familiares”, acrescentou o pontífice argentino durante o encontro na Catedral, no qual participaram representantes de todas as famílias do país, segundo a Igreja.

O Papa lembrou que em alguns dias participará junto a famílias do mundo inteiro do Encontro Mundial das Famílias, na Filadélfia, Estados Unidos, e que em menos de um mês o fará no Sínodo dos Bispos, que terá este tema como eixo central.

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“Convido vocês a rezar especialmente para estas duas instâncias, para que saibamos nos ajudar a cuidar da família”, disse.

Francisco também agradeceu aos cubanos por tê-lo feito se “sentir todos estes dias em família”.

“Terminar minha visita vivendo este encontro em família é um motivo para agradecer a Deus pelo calor das pessoas que sabem receber, que sabem acolher, que sabem fazer se sentir em casa, obrigado a todos os cubanos”, disse.

Ao sair da Catedral, o Papa convocou os cubanos a não descuidarem dos avós, que são “a memória viva”, nem das “crianças e jovens”, considerados por ele “as forças da sociedade”.

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“Um povo que cuida de seus avós e de seus jovens tem um futuro garantido”, disse o Papa em sua última atividade na ilha antes de viajar aos Estados Unidos.

* AFP