O papa Bento XVI, que este mês completa 85 anos, comemorou a Sexta-Feira Santa em clima de incerteza para a Igreja Católica, confrontada pelo questionamento de seus dogmas em matéria moral e preocupada com a crise econômica que afeta a humanidade.

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– Em nosso tempo, a situação de muitas famílias se vê agravada pela precariedade do trabalho e por outros efeitos negativos da crise econômica – disse o Papa ao final da tradicional Via Crucis noturna no Coliseu de Roma.

O rito foi presidido pelo Papa do terraço do Monte Palatino e contou com a participação de milhares de peregrinos que levavam tochas e velas ao redor do célebre monumento romano que rememora o martírio dos primeiros cristãos.

O sugestivo rito noturno, que foi transmitido diretamente a diversos países do mundo, foi aberto pelo cardeal viário de Roma, Agostino Vallini, que carregou a cruz na primeira estação.

– Na aflição e na dificuldade, não estamos sós; a família não está só: Jesus está presente com seu amor – discursou o Papa.

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Depois do retorno da viagem a México e Cuba, o Papa iniciou na quinta-feira a maratona de celebrações da Semana Santa, a data mais importante do calendário católico, que será concluído com a missa do Domingo de Ressurreição na praça de San Pedro e a bênção “urbi et orbi” (à cidade e ao mundo).

Na quinta-feira, o Papa celebrou a missa pedindo aos cristãos que “se ajoelhem” perante Deus para melhor resistir ao “poder do mal”, durante uma cerimônia cujas oferendas serão enviadas aos refugiados sírios, vítimas do conflito no país.