Três mulheres, três amores e três tempos diferentes, interligadas por uma mesma maldição. Com essa premissa, Paola Aleksandra, conhecida como uma das maiores influenciadoras literárias do Brasil com o canal “Livros e Fuxicos”, traz ao público seu novo romance: “O roubo em três atos”.
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Publicado pelo selo Harlequin Books da HarperCollins Brasil, o livro é uma edição expandida e revisada de sua primeira obra “O Roubo”, lançada de forma independente há quatro anos. Em sua nova versão, Aleksandra apresenta um romance com duas novas histórias que completam a saga de amor, mistério e autodescoberta iniciada com Joana Lancaster e Filipe de Bourbon na primeira publicação.
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Nova obra expande história
Dividido em três partes, “O roubo em Três Atos” acompanha uma jornada de três personagens femininas conectadas por uma maldição: o artefato amaldiçoado Máscara Branca, que atravessa os séculos unindo e separando histórias e destinos. A nova edição de “O Roubo“, além de expandir o universo criado pela autora, também explora temas e perguntas que Paola, ao longo dos anos, sentiu necessidade de responder.
Entrevista com Paola Aleksandra
Em entrevista ao NSC Total, ela conta que, ao receber o convite da editora Harlequin para republicar o livro, o desafio era atualizar e expandir a história sem perder sua essência. E para isso, decidiu que ao invés de reescrever o romance, iria mergulhar nas questões que sempre lhe intrigaram:
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— Eu tentei ser o mais fiel possível à história. Como autor, vamos evoluindo a escrita e amadurecendo a cada publicação, então, olhar para a minha primeira história escrita, com o olhar que eu tenho hoje, não seria justo com essa obra, uma vez que eu ia querer mudar e transformar ela em algo diferente. Quando eu pensei em republicar, eu vi que o mais justo seria responder perguntas que martelavam na minha cabeça nos últimos anos —, afirma.
Um dos muitos questionamentos existentes sobre a obra era o surgimento e a história por trás das máscaras venezianas. Assim, a autora deu origem aos três atos que se interligam e que se passam em Carnavais. No primeiro ato, ambientado na Grécia Antiga, o foco é a origem das máscaras, revelando o interesse por trás de sua criação. O terceiro ato, situado em São Paulo, encerra o mistério, mostrando se a maldição finalmente termina.
Uma jornada em três tempos, três mulheres, três amores
A trama se inicia na Grécia Antiga, onde encontramos a primeira protagonista. Nix, a deusa ancestral da noite pouco reverenciada, vaga entre os humanos, ouvindo suas preces e desejos enquanto lida com o peso de sua solidão imortal. Ela, por sua vez, cria os artefatos que simbolizam suas dores, um deles é a Máscara Branca, um objeto com o poder de unir e destruir corações.
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No segundo ato, o livro nos leva à Europa Vitoriana, onde Joana Lancaster, uma pirata determinada e audaciosa, planeja realizar o que considera seu último roubo. Em busca de liberdade e de um novo destino para sua vida, ela encontra o misterioso objeto em posse de Filipe de Bourbon, um senhor aparentemente frívolo. Mas, ao conhecer Filipe, Joana percebe que por trás da máscara da nobre existe um homem sonhador e generoso. Assim, inicia-se uma paixão arrebatadora entre eles, que desafia as regras sociais da época e o próprio destino.
Segundo Paola, neste ato, o casal Joana e Filipe representa o tipo de romance arrebatador e instintivo, característico dos contos de fadas, onde o destino parece traçado, mas sempre envolto em mistério e impedimentos.
— Quando a Joana encontra e conhece o Filipe tudo que ela menos quer é roubá-lo, porque ela se sente encantada. E não é algo que ela consegue explicar, então ela simplesmente vive aquele momento como se fosse o último da vida dela. É aquele coisa do amor que, às vezes, não podemos pensar demais, e é algo que eu sempre amei ver nas minhas histórias de época favoritas e eu trouxe para essa história —, ressalta.
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O terceiro ato traz a narrativa para o século XXI, mais precisamente para São Paulo, onde Elena, uma jovem pintora desiludida com o amor e descendente da personagem Joana, encontra na arte um refúgio para suas frustrações. Após decepções amorosas, Elena busca fugir dos próprios sentimentos, mas a presença dos artistas e a força de sua história revelam-se essenciais para seu processo de autodescoberta. Encorajada a enfrentar seus traumas, Elena aprende a desnudar-se de suas máscaras emocionais e a importância de uma paixão verdadeira, só assim talvez ela seja capaz de romper a maldição que ainda a assombra.
Uma obra sensível que celebra o amor, a força feminina e o poder das escolhas
“O roubo em Três Atos” é uma obra que fala diretamente ao coração dos leitores. Combinando magia e romance histórico, Paola Aleksandra construiu uma história que explora o impacto do amor em diferentes momentos da história humana. O livro aborda temas atemporais, como o desejo de liberdade, a luta contra as amarras do destino e o poder transformador dos relacionamentos. Como protagonistas, Nix, Joana e Elena, apesar de separadas por séculos, são mulheres fortes e ancestrais que desafiam normas e enfrentam suas inseguranças em busca de uma vida plena.
Ao longo de 269 páginas, Paola Aleksandra também coloca no centro da trama a conexão entre suas personagens femininas e a luta de cada uma para escrever sua própria história, seja nos tempos mitológicos, na era vitoriana ou na modernidade.
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Nix, que tem um papel crucial na criação das máscaras, reflete um dilema familiar: apesar de ser mãe de vários deuses importantes, é esquecida e subestimada pela sociedade. Em Paris, Joana quer entender quem ela é além da pirataria, além da relação com o pai e do futuro iminente sem a pirataria, que foi proibida. Já a protagonista Elena carrega, ainda, a mesma paixão e dor que Joana, sua antecessora. Enfrentando um bloqueio criativo após ser traída por alguém de confiança que roubou uma de suas obras, ela tenta reencontrar sua própria identidade.
— Eu quis trazer muito essa questão de querer ser vista além dos seus feitos e as três protagonistas passam pela mesma coisa. Então, de certa forma, as três estão buscando se entender e também serem vistas como mais do que o seu trabalho, as suas criações, o que as pessoas esperam delas —, explica Paola, ressaltando o paralelo entre as protagonistas e muitas mulheres de hoje.
E essa é, talvez, a maior contribuição da obra: mostrar que somos muito mais do que aquilo que fazemos e de legados que criamos. Outro ponto forte do livro é a construção das personagens. Nix, Joana e Elena são figuras complexas, com qualidades e fragilidades que se tornam realistas e identificáveis. Elas são mulheres que encontram força em suas dores, e o arco de transformação de cada uma delas, embora interligado, oferece ao leitor uma perspectiva multifacetada sobre o amor e a identidade feminina.
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Elementos que fazem de “O roubo em Três Atos” um romance único
Cada ato da história possui um tipo único de romance. Nix, na Grécia Antiga, vive um amor solitário e implacável; Joana, na Paris vitoriana, mergulhando em uma paixão arrebatadora; enquanto Elena, na São Paulo contemporânea, redescobre o amor e a arte, após uma traição.
Ao longo dos três meses que se dedicou a aprofundar a história, Paola descobriu as festas dionisíacas gregas, precursoras dos carnavais venezianos, e se deixou levar pela imaginação até a Grécia Antiga. Inspirada por uma visita à Pinacoteca em São Paulo, onde viu esculturas que representavam casais separados e unidos apenas depois de muitos anos, Paola criou o último ato.
O mergulho proporcionou profundidade à ambientação de cada ato, transportando o leitor para épocas e lugares distintos, o que torna “O roubo em três atos” um prato cheio para fãs de romances de época e de ficção fantástica. Com o toque pessoal de Paola Aleksandra, a narrativa é repleta de detalhes fazendo que os cenários ganhem vida sob uma narrativa envolvente da autora, que construiu a Grécia Antiga com resultados míticos, a Europa Vitoriana com seus salões e navios imponentes, e a moderna São Paulo com uma atmosfera quase poética.
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A autora também explorou mudanças na narrativa ao optar por escrever o primeiro ato em terceira pessoa mas mudar a narrativa ao longo da obra. Além disso, a nova publicação contará com cartas e trechos de preces, além de ilustrações na parte interna.
— Na minha carreira, eu sempre lancei livros dentro de um padrão e esse livro não tem nenhum. Ele não se encaixa em nada óbvio. Ele é um romance de época? Ele tem um romance de época, mas ele não é um romance de época. Ele é um romance contemporâneo? Ele tem um romance contemporâneo, mas ele não é um romance contemporâneo. Ele é uma romantasia? Ele tem um toque de fantasia, mas ele não é uma romantasia. Então, é muito difícil de adequar ele em uma caixinha só —, finaliza Paola Aleksandra.
Ficha técnica de “O roubo em Três Atos”
- Título: O Roubo em três atos (1ª edição)
- Autora: Paola Aleksandra
- Editora/Selo: Harlequin Books (HarperCollins Brasil)
- ISBN: 9786559704408 (físico)
- Gênero: Romance brasileiro
- Público-alvo: Jovem adulto
- Páginas: 269
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A obra foi lançada nessa segunda-feira (04) exclusivamente no site da Harlequin Books da HarperCollins Brasil, junto com um planner literário desenvolvido por Paola Aleksandra.
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