Às escuras, os policiais militares de Blumenau tentam encontrar formas de trabalhar na sede do 10º Batalhão, na Rua Almirante Tamandaré. Desde segunda de madrugada, apenas um dos prédios da unidade tem energia elétrica. O restante – cerca de 12 salas entre administrativas, vestiário e cozinha – sucumbiu diante uma pane elétrica que poderia ter causado um incêndio no local.

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O primeiro comunicado dos problemas elétricos foi feito em 7 de agosto, segundo o comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Cláudio Roberto Koglin. Um mês depois, o pátio interno, a recepção e mais uma sala que fica logo na entrada da unidade ficaram no escuro. Segunda-feira, uma sobrecarga causou a queima de fios e a queda dos disjuntores. Com o fato, apenas a ala em que está a Central de Emergências do 190 e o comando da corporação têm energia elétrica.

– O nosso sistema está sobrecarregado. É impossível de consertá-lo pela condição prédio. A fiação subterrânea está com os fios danificados porque a tubulação está cheia de lodo desde as últimas enchentes – explica o comandante do 10º Batalhão.

Até o momento, só o serviço administrativo foi prejudicado pela falta de luz. Nesta segunda-feira, policiais militares fizeram adaptações para que um computador de cada seção vá para a única área que tem energia, no prédio da Central de Emergência. O comandante relata que a PM tenta encontrar uma forma de não perder o estoque de alimentos guardado no freezer.

– Nosso serviço administrativo está parado. Hoje (segunda-feira), estamos tentando fazer tudo com o que está dentro do prédio do comando – resume o comandante.

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Até quinta-feira, virá a Blumenau um engenheiro da PM que fará o levantamento dos danos para futura reforma. A previsão de Koglin é que a obra custe R$ 40 mil. Em setembro, quando ocorreu a segunda pane elétrica, o problema se deu por causa das condições do material elétrico, que é antigo e está desgastado. À época, o custo para a troca da rede era de R$ 25 mil. Agora, como os danos são de grandes proporções, todo o sistema terá de ser substituído. No entanto, não há previsão para que isso aconteça e, até que haja alguma mudança, os policiais militares terão que trabalhar sem luz. O secretário de Desenvolvimento Regional de Blumenau, César Botelho, está ciente do problema e afirma que vai buscar ajuda financeira:

– O problema é pontual e precisa ser resolvido agora. A PM não pode ficar nesta situação e não tem capacidade financeira para resolver. Vamos trabalhar para que essa verba venha para suprir esta necessidade.