Há somente uma semana no Criciúma, o executivo de futebol Nei Pandolfo chegou em um momento de pressão. Dos seis jogos disputados pelo Catarinense 2018, o Tricolor tem uma vitória, um empate e quatro derrotas, aproveitamento de apenas 22,2%. Na lanterna, com quatro pontos, o Tigre precisa reagir o quanto antes se quiser deixar a posição incômoda. Um terço da competição já ficou para trás, mas o dirigente adota cautela.

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— O momento de pressão é imediato quando não tem resultado, não tem com não ser diferente. A gente tem que ter calma, equilíbrio, não adianta tomar as decisões no emocional para ser correta, sermos assertivos nas contratações tanto na comissão quanto nos atletas. Então estamos trocando ideias, e quando voltar a vencer dentro de campo, fora de campo o clube também começar a crescer em todos os aspectos — analisou.

Sem técnico, o Criciúma conta com o comando do interino Grizzo, até que o clube acerte com um novo nome para assumir o posto. Pandolfo confirma que tem conversado com alguns profissionais, mas mantém os nomes em sigilo. O mesmo vale para os reforços que o time deve trazer para o restante da temporada: sem contrato assinado, é melhor não alertar o mercado sobre o interesse do Tricolor em determinados atletas.

— O feedback de todos é que o rendimento da equipe foi muito melhor do que nos jogos anteriores. Contra Brusque e Avaí tivemos o controle quase total, mas não conseguimos transformar em resultado prático. O grupo reagiu, pude observar melhor alguns atletas, identificar quem pode nos ajudar e as carências que podemos buscar no mercado. Ao mesmo tempo, tenho conversado com treinadores que tem o perfil que queremos, com paciência, para identificar quem se encaixe também nos padrões financeiros — explicou.

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O perfil que o Criciúma procura é de um treinador aguerrido, que consiga passar esse sentimento aos jogadores. A torcida, que protestou ao final da partida contra o Avaí, também está insatisfeita com o momento do clube. Os torcedores querem mais proximidade com a direção e espaço para diálogo, algo que Pandolfo espera trabalhar dentro das diretrizes do Carvoeiro. Os ânimos estão alterados e o sinal é de alerta, mas ele acredita que uma vitória pode mudar esse cenário.

— Não agrada, ninguém está contente, e ao mesmo tempo apesar das duas últimas derrotas, é comum a todos o entendimento de que houve uma melhora grande no comportamento. A motivação a gente tem, o clube está demonstrando no empenho em campo. Apesar da tabela, a proximidade é grande, se consegue uma vitória já muda de lugar. A ideia é iniciar o mais rápido possível essa reação, dar mais estabilidade, mais confiança aos jovens, todos acabam crescendo, e é importante o apoio da torcida nesse momento — avaliou.

Essa vitória para melhorar o fator emocional pode vir na quarta-feira, à noite, diante do São Caetano, pela Copa do Brasil. O Tigre tem a vantagem do empate para avançar na competição e não deve poupar esforços em busca de um resultado positivo. Na volta, o Criciúma vai direto para Lages, onde enfrenta o Inter, sábado, pelo Catarinense. Esse jogo, considerado por alguns atletas como uma final, pode ser a mola – ou um buraco ainda maior – no fundo do poço.

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Confira a tabela do Catarinense 2018