No momento mais crítico vivido por Santa Catarina no combate ao coronavírus, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon (PSL), atendeu à reportagem. Ele falou sobre os trabalhos, o papel da população, os desafios da pandemia.

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Confira:

Como está o combate à doença hoje?

Vivemos o pior momento da pandemia, sobre o aspecto da ocupação de leitos da UTIs, de leitos de enfermaria e também ultrapassamos a marca de 4 mil infectados, o que traz para nós uma grande preocupação. Uma preocupação de que verdadeiramente, no momento em que as pessoas estão já exaustas de falar sobre a Covid-19, sobre o coronavírus, é o momento que mais devemos chamar a atenção para não darmos trégua em todas as nossas atitudes enquanto cidadãos. Não só para nos cuidar, mas também para cuidar da nossa família e todas as nossas relações.

A população de sua cidade está tendo bom comportamento?

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O comportamento da população de Chapecó já foi melhor. Posso assegurar que nós tínhamos um índice de isolamento e também do uso de máscaras maior do que temos, por isso temos que tomar atitudes mais drásticas neste momento de maior contágio e também de maior ocupação dos leitos.

Qual é o principal desafio neste momento?

O maior desafio é justamente fazer a conscientização no momento já que passamos de quatro meses de pandemia, e entender que ainda precisamos nos manter absolutamente vigilantes e cumprindo com muita determinação todas as regras sanitárias.

Qual é o maior ensinamento que a pandemia lhe deu?

Penso ainda que o maior ensinamento que a pandemia vai nos deixar será depois que tudo isso acabar, depois que tivermos uma vacina, mas atos de solidariedade, pessoas pensando mais nos outros são alguns ensinamentos que já dá para dizer que a pandemia nos deixou.

O senhor acredita que a nossa sociedade será melhor depois da pandemia?

E acredito também que depois de tudo isso nós seremos seres mais preocupados uns com os outros, seremos mais preocupados com os verdadeiros valores da nossa vida e teremos uma visão mais clara de quais são os objetivos da nossa vida. Acredito que teremos pessoas melhores, sim, em cada uma das nossas cidades.

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