Santa Catarina é reconhecida internacionalmente como um grande produtor de alimentos. Este reconhecimento se estende à qualidade destes alimentos e, principalmente, à segurança aplicada a todos os processos de produção.
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Para garantir que os impactos do novo coronavírus não comprometam o agronegócio – atividade que responde por aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado -, o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) fizeram algumas adaptações nas suas atividades, garantindo a sua manutenção.
Diferentemente do que as restrições impostas contra a Covid-19 impuseram a muitos setores, na Cidasc alguns procedimentos precisaram ser intensificados. A Companhia implantou, por exemplo, ações técnicas e administrativas que fortaleceram o serviço de defesa agropecuária, tudo isso para combater a clandestinidade e fraudes de produtos de origem animal, além de fiscalizar sementes e agrotóxicos em estabelecimentos neste período de restrições.
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De acordo com a presidente da Cidasc, Luciane de Cássia Surdi, toda esta situação também serviu de aprendizado para Companhia.
— Diante do cenário atual, a Cidasc se mobilizou e se reinventou para tornar o trabalho remoto e os atendimentos presenciais, contando com a colaboração de todo o quadro funcional, uma realidade como medida protetiva contra a transmissão do Covid-19. Vale lembrar que, durante esse momento de isolamento, o produtor rural não ficou sem atendimento, agendamos os horários para melhor atendê-lo, sem aglomeração, tomando os devidos cuidados com a saúde dos empregados e do produtor, ampliando os cuidados na sanitização dos espaços — conta.
Ainda de acordo com a presidente, foram disponibilizados cursos online de inspeção de produtos de origem animal para médicos veterinários e o pré-serviço online dos novos médicos veterinários.
— Graças a essa tecnologia, hoje já estão todos inseridos nas atividades técnicas da Companhia. Após adaptação ao sistema novo de reuniões via internet e pequenas adequações na rotina da comissão, a Câmara de Reconsideração Técnica (CRT), da Defesa Sanitária Vegetal, zerou a fila de processos administrativos. Assim, hoje não existe nenhum processo aguardando início da tramitação — afirma Surdi .
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Lucciane considera que o engajamento e a dedicação de toda a equipe foi essencial para o sucesso da continuação das atividades, tanto de campo, como as administrativas.
— Esse foi o pilar que sustentou nossa eficiência neste momento de crise — finalizou.
Agendamento para atendimento presencial
Administrativamente, a Cidasc também segue atendendo, mas este serviço exige que a pessoa marque um horário previamente. A recomendação é que a pessoa venha sozinha, para que não haja aglomeração no local de atendimento ou na frente da unidade.
A mesma medida foi adotada pelo ICASA desde o final do mês passado. Inicialmente, para que não houvesse prejuízo aos produtores e ao setor agropecuário, o Instituto passou a atender a distância, em cumprimento ao Decreto nº 515 do Governo do Estado de Santa Catarina. Agora o atendimento presencial foi retomado, lembrando, mediante agendamento prévio.
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Criado em 2006, o Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária apoia a defesa sanitária agropecuária junto a órgãos e entidades públicas e privadas, promovendo a ampliação das atividades de Estado, para valorizar a produção animal, garantir a saúde pública e a preservação do meio ambiente. Entre as atribuições do Instituto estão processos que exigem o relacionamento com o produtor. Serviços como atualização do cadastro; educação sanitária; inventário de animais; entre outros.
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O ICASA ressalta que todos estes procedimentos preventivos são necessários no combate aos impactos do novo Coronavírus e, por isso, pede a compreensão de todos.
Saiba mais sobre o setor que movimenta a economia do Estado.
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