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No total, de 2014 para 2016 o número de viagens caiu 26% na cidade, índice bem maior que o registrado no Brasil. De acordo com o presidente do Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transporte de Blumenau (Seterb), Carlos Lange, em todo o país essa redução foi de 9% no mesmo período.

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A explicação parece óbvia. Em 2015 sofremos como nunca com o último ano de operação do Consórcio Siga. As inúmeras paralisações no segundo semestre por si só já contribuem para a estatística, mas a falta de confiança do usuário na eficiência do sistema foi comprometida.

No ano passado mais um traumático capítulo neste período de transição. Com o início da prestação de serviço em regime de urgência, a Viação Piracicabana trouxe ônibus em condições deprimentes e, até a empresa se adequar ao sistema, vários problemas como atrasos e falta de ônibus foram registrados, principalmente no primeiro mês de operação. Com isso, a confiança recebeu outro golpe.

Operação regular deve frear queda

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A esperança na inversão dos números está depositada no início da operação da Viação Piracicabana como empresa oficial do transporte coletivo da cidade, o que está previsto para ocorrer até junho, já que o processo de homologação da empresa, única participante da licitação, está em fase final. Lange diz que a exigência de ônibus novos, com mais comodidades, deve fazer com que o blumenauense que deixou de usar o transporte coletivo nesses dois últimos anos volte ao sistema gradativamente.

Outro aspecto que deve ajudar na recuperação dos passageiros, na avaliação de Lange, é o fato da cidade não ter sofrido tanto como o restante do país nesta recessão econômica, mantendo índices de desemprego menores que a média.

Recuperar antigos e conquistar novos

É bem provável que o Seterb aproveite o retorno do transporte coletivo em regime regular para lançar alguma campanha que ajude a incentivar o uso dos ônibus na cidade. Além de enaltecer as novas características da operação, dará dicas de como o passageiro pode contribuir para que as viagens sejam mais confortáveis, seguras e tranquilas.

Essa ação deveria ser constante e poderia ser cobrada da permissionária. A preocupação deveria estar não só na recuperação da confiança por quem abandonou o sistema, mas também na conquista de novos usuários. Gente que poderia deixar o carro ou a moto em casa sem comprometer o bolso, a agenda e bem-estar.

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