
Para sempre, familiares e amigos dos que morreram no voo que levava o time da Chapecoense para a Colômbia carregarão a dor que surgiu como um punhal no peito ontem de madrugada. Perdemos vidas que estavam no auge, prestes a escrever página importante das histórias delas e também da de um clube adorado no Oeste e no Estado, de uma modalidade esportiva e do próprio país. São dramas familiares, mas também dramas de uma cidade e de uma região.
É como se a própria Chapecoense, a instituição, tivesse desaparecido de uma hora para outra. De uma hora cheia de glórias e conquistas para outra de luto e vazio. Se aqui no Vale do Itajaí a tristeza não deu trégua, no Oeste ela se agarrou a todos, sem dó nem piedade.
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O Verdão era, até segunda-feira, o retrato da boa fase pela qual passa Chapecó, cidade com padrões invejáveis de desenvolvimento. Era a representação da felicidade e do sucesso de um povo que trabalha e supera obstáculos. O coração e a emoção dos chapecoenses e moradores de cidades vizinhas.
Quando o preto do luto der lugar ao verde, uma nova Chapecoense surgirá para dar a esse povo a alegria que se perdeu no caminho para a Colômbia. #ForçaChape.
Aos colegas
Igualmente impactante é a notícia de que nós jornalistas perdemos mais de 20 colegas que, como a Chape, estavam em momento de extrema alegria e sucesso profissional. Coberturas internacionais costumam dar visibilidade aos talentos que muitas vezes se escondem atrás de um computador, uma câmera, microfone ou gravador. Acompanhar de perto momento tão importante para o Estado e para o país era, de certa forma, uma espécie de reconhecimento pelo trabalho bem desenvolvido ao longo de anos.
Fica aqui meu pesar e carinho a todos os familiares e colegas de trabalho daqueles que nos deixaram fazendo o que mais gostam.Continua depois da publicidade