Em Timbó a revisão do Plano Diretor virou polêmica. Tem até abaixo-assinado tentando barrar as mudanças propostas e avaliadas em audiência pública e que devem ser votadas nos próximos dias pelos vereadores.

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Segundo a arquiteta Cassandra Faes, especialista em Planejamento Urbano e mestre em Desenvolvimento Regional, se as mudanças forem aprovadas a cidade terá deturpadas a forma urbana e a identidade cultural. Em denúncia feita ao Ministério Público, ela diz que as alterações foram “gravemente influenciadas por interesses econômicos setoriais, privilegiando a mercantilização do solo urbano em detrimento de todos os outros aspectos do desenvolvimento econômico”.

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Cassandra destaca a alteração de altura máxima dos edifícios, que passará de 10 para 20 pavimentos, e diminuição do lote mínimo, que passaria de 450 metros quadrados para 300 metros quadrados. Ela pede audiências públicas nos bairros para envolver mais gente e com conteúdo mais acessível. Se a mobilização vai gerar algum efeito, veremos nos próximos dias.

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De fato, causa estranheza, por exemplo, a liberação de 20 andares para cidade com 40 mil habitantes e metade da densidade demográfica de Blumenau, onde só recentemente foram liberadas construções com mais de 15 andares. Se aqui em Blumenau deixaram para votar a revisão no ano que vem, não custaria nada fazer o mesmo em Timbó.