Um empresário do ramo de transporte coletivo com grande potencial para atender emergencialmente parte do sistema público que está parado em Blumenau dizia, na quarta-feira, que não tinha interesse em prestar serviço para o município. Ele foi consultado pelo Seterb assim que a autarquia decretou situação de emergência no transporte em decorrência da greve.

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À coluna, ele disse que boa parte dos funcionários dele está em férias, mas enfatizou outras duas razões: a incerteza de faturamento na época em que o sistema tem os menores índices de usuários e, principalmente, o risco de sair nas ruas e ter os veículos apedrejados ou os funcionários e os passageiros feridos. Segundo ele, ameaças rondavam o setor.

Isso tudo foi dito cerca de 12 horas antes de três ônibus da Empresa Nossa Senhora da Glória serem apedrejados quando deixavam a garagem, na manhã de quinta-feira.

O apedrejamento em si é um ato bandido de quem não poderia estar convivendo em sociedade. Algumas das pedras foram lançadas no para-brisa, no lado do motorista, e se tivessem atravessado o vidro poderiam ter matado alguém. A empresa registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Polícia Civil e fica agora a esperança de que os responsáveis sejam punidos.

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Passado o episódio, dou toda razão ao empresário que se sente inseguro em prestar o serviço durante a greve. Fica claro que a prefeitura terá dificuldades para conseguir suprir emergencialmente o serviço e quem perde com isso somos nós que, uma vez mais, tivemos nosso direito de ir e vir apedrejado.