O absurdo dos absurdos ocorre no Hospital Santo Antônio, em Blumenau. Por falta de recursos e excesso de burocracia, os cinco leitos de UTI que a instituição conquistou no ano passado estão sendo desativados. Segundo reportagem do repórter Eduardo Cristófoli, da RBS TV, veiculada no Jornal do Almoço, eles ainda não foram habilitados pelo SUS e o hospital não tem mais recursos para bancar a estrutura em que já foram gastos R$ 950 mil.

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Um dos médicos da UTI disse que houve casos em que o paciente teve que ser transferido para cidades do Oeste, a mais de 500 quilômetros de Blumenau. E os leitos praticamente novos vazios por — novamente — falta de dinheiro nos bolsos certos e excesso de burocracia que só emperra ainda mais um sistema concebido para salvar vidas.

Hoje o secretário executivo da Agência de Desenvolvimento Regional (ADR) de Blumenau, Emerson Antunes, vai a Florianópolis. Ele e o deputado Ismael dos Santos se reunirão com o secretário de Estado da Saúde, Vicente Caropreso, para tentar evitar o fechamento dos leitos.

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Os R$ 950 mil que o Hospital Santo Antônio gastou para manter os leitos funcionando deveriam ter vindo dos cofres públicos. O valor – vejam só – é praticamente o que se economizaria em um ano se o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, por exemplo, trocasse o café gourmet que é servido na sede e nos fóruns por um café normal. A conta passaria de R$ 1,3 milhão para R$ 400 mil. Aparentemente, o café gourmet é mais eficiente para salvar vidas que um leito de UTI.

Pelo visto, isso só vai mudar quando agentes públicos forem obrigados a usar o serviço público. Utopia, claro.