Prefeitura e Sebrae se uniram para criar o Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico de Blumenau. Dia 23 um grande seminário com a participação de toda a comunidade vai definir cinco eixos de desenvolvimento que ganharão atenção especial do poder público nos próximos anos.
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Gostaria de ser mais otimista, mas sou obrigado a expor minha preocupação em relação à iniciativa. Há anos tenho visto trabalhos semelhantes sendo elaborados e morrendo em seguida.
A cada troca de administração, troca-se também o nome do projeto, as metodologias, as estratégias e as certezas que cada administrador público tem. De certo e comum, apenas o fato de que Blumenau perde terreno para outras cidades a cada ano e que algo precisa ser feito para soltar esse freio de mão que foi puxado há muito tempo atrás.
O ponto positivo, dessa vez, é o fato de envolver uma instituição como o Sebrae, que preparou um diagnóstico da cidade a ser usado para definir os eixos estratégicos.
Ainda assim, o trabalho do Sebrae é pontual, orientando na elaboração do plano. Para que a execução não dependa somente do poder público, a ideia é fazer com que as entidades se envolvam, cobrando permanentemente as ações a serem definidas, seja quem for o mandatário político da cidade.
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Nesse ponto, retomo minha preocupação. Vejam o exemplo do Blumenau 2050, o mais fresco na nossa memória. Capitaneado pela administração anterior, veio com o mesmo discurso de que a sociedade deveria se apropriar do projeto e cobrar o acompanhamento e a execução da prefeitura. O projeto lançado em 2008 também tinha cinco eixos de desenvolvimento e um deles era o econômico. Alguém tem notícias do Blumenau 2050?
O tempo dirá se desta vez faremos algo diferente para mudar essa tendência.