O governo federal interrompeu o repasse de verbas para as obras de contenção de 17 encostas de Blumenau, cujas terras deslizaram na tragédia de 2008. Dos R$ 13,8 milhões previstos no convênio com o Ministério das Cidades, R$ 3,5 milhões foram executados, mas apenas R$ 300 mil chegaram à cidade.

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Devido à crise, não se sabe quando o repasse da verba será retomado nem quando as obras serão reiniciadas. Entre as 17 encostas, duas foram concluídas, seis iniciadas e nove ainda não viram as máquinas roncarem.

Cerca de 250 famílias esperam ansiosas por uma solução há sete anos. Pacientemente, elas aguardaram a licitação para elaborar os projetos, os projetos em si, a assinatura do convênio da prefeitura com o Ministério das Cidades, a aprovação da Caixa, a licitação para a execução das obras e, finalmente, as tão esperadas obras. Mal sabiam elas que a lentidão continuaria sendo companheira.

O drama dessas famílias ganha agora o reforço dos atingidos pelos cerca de 100 deslizamentos registrados pela Defesa Civil na semana passada. Uma verdadeira bola de neve, ou de lama, que não para de crescer enquanto os processos governamentais estão cada vez mais engessados e lentos. Para o nosso desespero.

Rotina

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Passado o susto, que desde sempre acompanha a vida do blumenauense, fica a expectativa de que o El Niño ainda pode fazer a chuva voltar. E com ela, a ansiedade e a torcida para que as águas do rio Itajaí-Açu permaneçam na calha natural.

Oktoberfest em alta

O desfile na principal rua de Blumenau foi um dos pontos altos do último final de semana da 32ª Oktoberfest. Fechou com chave de ouro uma das melhores edições da festa, desde que ela surgiu em 1984. Um novo espaço no Parque Vila Germânica, mais atenção à tradição e aos turistas e o fato de pela primeira vez termos uma cerveja que aqui nasceu como a oficial da festa fizeram o blumenauense se encher de orgulho.

Se o anfitrião se sente bem, a visita toma gosto e retorna.