Para muitos, Jefferson Schimidt é o rigoroso árbitro de futebol que apita os jogos oficiais do Catarinense. Para outros, ele é o companheiro de viagens de moto que ajudam a aliviar o estresse do dia a dia. Para os blumenauenses, ele passa a ser o comandante do 10º Batalhão da Polícia Militar.

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O tenente-coronel assumiu o posto na quinta-feira passada. Entra no lugar do tenente-coronel Rubens Neumann, que foi para a reserva. Em entrevista concedida após a posse, ele conta como vai trabalhar para tentar diminuir os índices de violência na cidade.

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Os números de assaltos e roubos em Blumenau crescem dia a dia. O que fazer para inverter essa tendência?

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Venho da região litorânea, onde os índices criminais são um pouco mais altos que no Médio Vale. Vou usar a experiência que obtive nos 15 anos que estive lá trabalhando para que a gente possa reduzir tanto os roubos quanto os furtos a pessoas, a estabelecimentos e, principalmente, a residências, que para mim é o mais aviltante de todos. É o índice que mais me incomoda em Blumenau.

De que maneira isso vai ser feito? O senhor pretende colocar mais policias na rua? Usar mais o setor de Inteligência?

Se eu disser que vou colocar mais policiais na rua eu seria incoerente. Nós temos que trabalhar com os recursos humanos que temos. Existem outros recursos, como os tecnológicos e os estatísticos, que ajudam a visualizar a mancha criminal. Temos que atuar nessa área, assim como foi feito em outros polos do Estado com bons resultados.

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Como dar mais sensação de segurança à população?

Quando uma pessoa encontra um policial ou uma viatura fica demonstrado que há uma atividade de proteção para ela. Nós vamos estar o mais próximo da comunidade possível, dentro da nossa capacidade e possibilidades, humanas e materiais.

Qual será a marca do comando do tenente-coronel Jefferson Schimidt?

Sempre que alguém vai para algum ugar ele é precedido pela sua fama. O que eu tenho de experiência na área operacional deve ter chegado para as pessoas daqui. Vou trabalhar muito mais na área operacional do que na administrativa. Até porque esse é o meu foco, é a minha formação desde o início.

Onde é mais difícil impôr respeito? Nos gramados ou na corporação?

Nos gramados. Na corporação, pela hierarquia e disciplina, a coisa fica mais fácil. Nos campos eu não vou com as estrelas ou fardamento para arbitrar o jogo.

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Quais as primeiras ações à frente do batalhão?

Vou conversar e ouvir todo o meu efetivo, vou ouvir a sociedade para conhecer o contexto e em cima disso aplicar as vacinas e ações que a Polícia Militar pode fazer.

Como incluir as pessoas na discussão em torno da segurança pública?

É importante que o cidadão conheça os órgãos de segurança. É importante que ele venha conhecer o batalhão. Que vá numa delegacia de polícia conhecer o trabalho do policial civil. Ele tem que conhecer para poder cobrar. Às vezes a gente tem inferências sobre o trabalho da Polícia Militar ou da Civil e que elas não são reais. A PM passa na rua. A Civil faz investigação. Nós vamos buscar essa aproximação com a comunidade para que haja uma via de mão dupla das informações.

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