Gostaria de ser mais otimista, mas sou obrigado a expor minha preocupação em relação ao plano de desenvolvimento econômico que prefeitura de Blumenau e Sebrae lançaram nesta terça-feira. Há anos tenho visto trabalhos semelhantes sendo elaborados e morrendo em seguida. A cada troca de administração, troca-se também o nome do projeto, as metodologias, as estratégias e as certezas que cada administrador público tem. De certo e comum, apenas o fato de que Blumenau perde terreno para outras cidades a cada ano e que algo precisa ser feito para soltar esse freio de mão que foi puxado há muito tempo.

Continua depois da publicidade

Leia outras informações do colunista Pancho

O ponto positivo, dessa vez, é o fato de envolver uma instituição como o Sebrae, que preparou um diagnóstico da cidade a ser usado para definir os eixos estratégicos de desenvolvimento econômico. Ainda assim, o trabalho do Sebrae é pontual, orientando na elaboração do plano que será – espera-se – formatado por toda a sociedade. Para que a execução não dependa somente do poder público, a ideia é fazer com que as entidades se envolvam, cobrando permanentemente as ações a serem definidas, seja quem for o mandatário político da cidade.

Nesse ponto, retomo minha preocupação. Vejam o exemplo do Blumenau 2050, o mais fresco na nossa memória. Capitaneado pela administração anterior, veio com o mesmo discurso de que a sociedade deveria se apropriar do projeto e cobrar o acompanhamento e a execução da prefeitura. O projeto lançado em 2008 também tinha cinco eixos de desenvolvimento e um deles era o econômico. Alguém tem notícias do Blumenau 2050?

O tempo dirá se desta vez faremos algo diferente para mudar essa tendência.

Continua depois da publicidade