Foi a juíza Célia Regina Bernardes que assinou na semana passada a autorização de busca e apreensão na empresa do filho do ex-presidente Lula. O que parecia apenas uma importante fase da Operação Zelotes se transformou em uma leviana acusação quando a informação de que a juíza é irmã do prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, chegou aos ouvidos de gente mal intencionada.

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De uma hora para outra, a busca e apreensão tinha mais relação com os laços familiares do que com a operação em si. Como se Célia fosse obrigada ou no cargo estivesse para beneficiar o partido do irmão dela.

Por sorte, quem a conhece a defende com propriedade. Veio da advogada Sally Satler o depoimento mais contundente. “Célia possui posicionamentos muito mais à esquerda do que aqueles que se autointitulam de esquerda. É uma libertária por essência”, escreveu no blog Último Post.

Convivi com Célia na adolescência e é difícil supor que ela tenha agido com objetivos políticos em vez de equidade. É muito mais provável que tenha sido vítima dessa onda de denuncismo que caracteriza nosso tempo. Provavelmente apenas mais uma de tantas vítimas.

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