O governo panamenho prometeu supervisões mais exaustivas dos escritórios de advocacia que operam no país para evitar a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal – informou uma fonte oficial, nesta quinta-feira, após o escândalo deflagrado com os vazamentos dos “Panama Papers”.

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“Depois das publicações (dos documentos que originaram o escândalo), o que se instaura é uma supervisão especial, e esse trabalho se soma ao que já tínhamos realizado em todo o setor de advogados”, disse Carlamara Sánchez, responsável pela Intendência de Supervisão de Sujeitos não Financeiros.

Essa entidade pública foi criada em 2015 pelo governo panamenho para a supervisão de diferentes atividades econômicas com o objetivo de evitar a lavagem de capitais e a evasão fiscal.

De acordo com Sánchez, desde 2015 foram supervisionados diferentes escritórios de advocacia panamenhos, assim como de outras empresas, que receberam um roteiro para impedir que sejam usadas para atividades ilícitas.

“Nos próximos dias, vamos iniciar novas supervisões no setor de advocacia”, afirmou Sánchez, admitindo que o escritório de advocacia Mossack Fonseca, na origem dos “Panama Papers”, foi supervisionado quando Carlamara Sánchez não estava na Intendência.

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“O escritório Mossack Fonseca está dentro dos escritórios de advocacia que foram supervisionados, mas, pela confidencialidade que a lei me impõe, não posso dar informações específicas sobre as descobertas das supervisões”, desconversou Sánchez.

Segundo ela, Mossack Fonseca e a Intendência estão desenvolvendo um “plano de ação” contra a lavagem de dinheiro.

Criada em 2015, a Intendência tem como objetivo monitorar atividades econômicas como cassinos, casas de câmbio e de envio de remessas, corretoras de imóveis, joalherias, zonas francas, construção, transporte de valores, entre outras.

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