Promotor panamenho encarregado do combate ao crime organizado, Javier Caraballo descartou no momento tomar medidas contra o escritório de advocacia Mossack Fonseca, origem do escândalo Panama Papers.
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Após uma operação que vasculhou a sede e filiais da empresa, Caraballo informou que ainda não há elementos contundentes que permitam uma decisão contra ela ou seus funcionários. Caraballo fez tais declarações na entrada da sede do escritório de advocacia, ao final de uma revista que durou 27 horas.
– Essa investigação começou com notícias na mídia que estamos analisando e que vão nos permitir ter elementos para tomar uma decisão posterior – disse o promotor.
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Segundo Caraballo, a apuração é complicada porque o Mossack Fonseca “mantém a maior parte de seus arquivos de forma virtual e não física” em mais de cem servidores.
A partir de 11,5 milhões de documentos do escritório de advocacia que foram vazados à imprensa por uma fonte anônima, vários jornais em todo o mundo, coordenados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), revelaram um vasto sistema de evasão fiscal envolvendo líderes políticos e personalidades de todo o planeta.
As revelações já provocaram a queda do primeiro-ministro islandês citado nos documentos, e atingem líderes da Argentina, Reino Unido, Rússia, Ucrânia e China, assim como esportistas e milionários.