O Panamá passou a ter 13% de suas águas territoriais protegidas, depois que o presidente Juan Carlos Varela assinou nesta terça-feira dois decretos que criam duas novas áreas marinhas protegidas.
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O decreto afeta um total de 31.435 quilômetros quadrados que incluem a Cordilheira de Coiba no Pacífico e Banco Volcán no Caribe.
A medida significa aumentar de 3,7% para 13,5% a área de proteção de seu território marinho.
“Estas duas novas áreas marinhas protegidas reafirmam nosso compromisso de administrar o estado com uma gestão ambiental responsável, cuidando para que se conservem ecossistemas-chave que abrigam a biodiversidades marinha do Panamá”, apontou Varela ao assinar o decreto.
Agora o governo panamenho deverá realizar um plano de trabalho que permitirá determinar o que pode e não pode ser feito nessas áreas e recorrer a fundos internacionais para o cuidado.
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A medida contribui para a conservação das zonas de montanhas submarinas, importantes para as espécies residentes e as altamente migratórias.
As zonas de montanhas submarinas, que abrigam uma grande biodiversidade, representam um oásis em águas de mar aberto porque ajudam a garantir o funcionamento dos ecossistemas.
Algas, corais, esponjas, moluscos, crustáceos, equinodermes, peixes e outros estão entre os habitantes destes fundos marinhos.
Além disso, estas montanhas submarinas protegem as espécies migratórias, como baleias, tartarugas marinhas e tubarões, assim como espécies de valor comercial, como o atum, entre outras.
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A abundância de plâncton, nutrientes e alimentos em geral faz destas áreas no meio do mar o lugar para que essas espécies migratórias se alimentem, se conheçam e se reproduzam.
Segundo Varela, com esta medida, apoiada pelo Instituto Smithsonian de Investigações Tropicais (STRI, com sede no Panamá), o país centro-americano cumpre com uma das Metas Aichi, ou metas globais para a diversidade biológica.
Estas metas estabelecem que os países devem declarar ao menos 10% de suas zonas marinhas e costeiras como sistemas de áreas protegidas.
* AFP