O governo panamenho concedeu asilo político a dois juízes nomeados pelo Parlamento venezuelano controlado pela oposição e que não é reconhecido pelo governo do presidente Nicolás Maduro – informou a Chancelaria do Panamá nesta sexta-feira (4).
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Segundo a nota oficial, foi aceito o pedido de asilo de Gustavo Sosa Izaguirre e de Manuel Antonio Espinoza Melet, integrantes dos 33 magistrados da Suprema Corte paralela nomeada pela Assembleia Nacional em 21 de julho.
Segundo o governo panamenho, os dois magistrados se encontram na missão diplomática do Panamá na Venezuela há alguns dias.
Sosa denunciou constantes ameaças por parte de altos funcionários do governo e militantes do partido de governo, enquanto Espinoza falou de uma violenta perseguição contra os magistrados e suas famílias, de acordo com um decreto do Executivo panamenho publicado no Diário Oficial.
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O Panamá pediu ao governo Maduro que “negocie uma saída política dentro da Constituição vigente na Venezuela” e no “mais estrito respeito aos Direitos Humanos para o bem-estar de sua população”, segundo a nota.
Na quinta-feira, o Chile informou que há seis opositores venezuelanos refugiados em sua embaixada de Caracas, ao confirmar a chegada do advogado Luis Marcano na representação diplomática em busca de “proteção”.
Entre o último sábado e esta quarta-feira (2), entraram na embaixada do Chile Zuleima Del Valle, Beatriz Ruiz, José Fernando Núñez e Elenis Del Valle, os quatro integrantes do Supremo Tribunal “paralelo”.
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Em abril, a embaixada chilena recebeu o dirigente opositor Roberto Enríquez, presidente do partido social cristão Copei. Ele foi acusado pelo líder chavista Diosdado Cabello de estar envolvido em um “plano golpista” contra o presidente Nicolás Maduro.
O governo de Michelle Bachelet se disse decepcionado com a “ilegítima” eleição dos constituintes realizada domingo passado (30) na Venezuela e exortou Caracas, várias vezes, a negociar para tirar o país caribenho da profunda crise política e econômica que atravessa.
* AFP