Os Jogos Pan-Americanos são o ápice da carreira de muitos atletas. Uma das competições com mais história no mundo, o Pan alia momentos épicos do esporte com fatos curiosos. Para os brasileiros, o evento continental produz emoções de orgulho nacional e transforma competidores em heróis, casos de Xuxa, com sete ouros na natação.

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Fernando Meligeni, tenista que encerrou sua carreira com uma vitória emocionante sobre Marcelo Ríos, e Virna, que estava na seleção de vôlei que vingou a derrota para Cuba nas Olimpíadas de Atlanta, em 1996, no Pan de Winnipeg, três anos depois.

Confira depoimentos de estrelas sobre a importância do Pan-Americano em suas carreiras:

Xuxa – natação:

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Fernando Scherer ganhou sete medalhas em Pans

Foto: Sátiro Sodré

– Os Jogos Pan-Americanos foram tudo para mim. Me lembro do Pan de 1995, quando derrotei o bicampeão olímpico Tom Jagger. Foi uma impulsão na minha carreira, apesar de ele ser mais velho. É gratificante representar o Brasil nas “Olimpíadas das Américas”. Melhor ainda foi encerrar minha participação vencendo Gary Hall (pentacampeão olímpico) e conquistando meu sétimo ouro, em 2003. O curioso foi que assim que o venci, Gary ligou para sua mulher e me pôs ao telefone com ela. Ela me parabenizou e contou que ele havia apostado na minha vitória. Acabou ganhando um dinheiro. Somos grandes amigos.

Gustavo Borges – natação:

– A importância do Pan na minha carreira foi total. Os Jogos eram a competição mais importante do ano e o bom é que a gente conquistava bons resultados na natação.

Marcel – basquete:

– Fui a cinco Pan-Americanos. Em 87 (a seleção conquistou o ouro ao vencer os EUA), a vitória do Brasil mudou o basquete no mundo. Os chutes de três pontos passaram a ser adotados e os norte-americanos começaram a levar os profissionais. A situação mais inusitada que passei em Pans foi em 75. Tivemos que nos adaptar aos terremotos na Cidade do México. Eram constantes.

Oscar – basquete:

Oscar ajudou Brasil a conquistar o ouro em 1987

Foto: BD/ZH

– A vitória em Indianápolis foi um orgulho enorme, um orgulho para o Brasil. O ouro não teve preço, foi inacreditável, ninguém acreditava na gente. Após isso, o basquete virou mania nacional, mas infelizmente não pude aproveitar a festa no Brasil, pois estava jogando na Europa.

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Hélio Rubens – basquete:

– Na época, o Pan era a competição mais importante do planeta depois das Olimpíadas. Estava no auge em minhas participações em Winnipeg (1967) e na conquista do ouro em Cali (1971). É engraçado. Se alguém me dissesse que 22 anos depois eu estaria novamente em Winnipeg, comandando o ouro da Seleção, da qual meu filho fez parte, não acreditaria.

André Domingos – atletismo:

– Ter participado de um Pan-Americano foi algo grande na minha carreira. Fiquei ansioso por competir com os melhores do mundo. Em 2003, a prata era minha, mas o bronze foi importante também (em Santo Domingo, o norte-americano Kenny Brokenburr ficou o ouro e o jamaicano Christopher Williams com a prata nos 200m).

Fernando Meligeni:

– O Pan foi importantíssimo para mim. Fechar a minha carreira com o ouro em Santo Domingo foi ótimo. Ganhei um jogo emblemático (Meligeni derrotou o chileno Marcelo Ríos na decisão, por 2 sets a 1 após salvar cinco match-points). Minha vitória trouxe um novo “ar” para o Pan, a competição focou no tênis, os tenistas começaram a dar mais atenção. Algo curioso que aconteceu no torneio foi durante as quartas de final. O juiz de linha reclamou do calor e simplesmente saiu da quadra, voltando 20 minutos depois. Foi inacreditável.

Virna:

– Conquistar o ouro em Winnipeg foi fantástico. Estávamos muito bem e foi uma revanche emblemática sobre as cubanas, que haviam nos vencido na Olimpíada três anos antes (Em Atlanta, o Brasil ficou com o bronze e Cuba, com o ouro).

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