As opiniões se dividem quanto à eficácia do autoexame por meio da palpação das mamas. Porém, a maioria das entidades que reúnem pacientes – como a Rede Feminina de Combate ao Câncer – continua centrando seu poder de fogo nesta arma. O motivo é simples e fácil de entender: quem toca os seios com regularidade sabe exatamente quando eles apresentam qualquer tipo de anormalidade, e aí é a hora de marcar uma consulta no médico.
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É sabido que 40% dos casos de câncer de mama que chegam aos hospitais são descobertos pela própria paciente. E é por isso que os médicos continuam achando essencial que todas as mulheres a partir dos 18 anos apalpem suas mamas logo após o período menstrual.
Já os especialistas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) não estimulam o autoexame das mamas por acreditarem que ele pode trazer consequências negativas. Entre elas o aumento do número de biópsias de lesões benignas, a falsa sensação de segurança nos exames que parecem ser negativos – muitas vezes na palpação não é possível sentir os nódulos – e o impacto psicológico negativo nos exames falsamente positivos – a mulher sente um nódulo no toque e logo pensa que se trata de um câncer. Além disso, nódulos muito pequenos não são sentidos no toque.
É importante esclarecer, de qualquer modo, que o autoexame das mamas não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde – médico ou enfermeiro – qualificado para essa atividade.
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