Nervoso em campo e pressionado de início ao fim, o Palmeiras foi derrotado por 1 a 0 pelo Nacional em Montevidéu, nesta quinta-feira pelo Grupo 2 da Copa Libertadores, e complicou suas chances de classificação às oitavas de final da competição.
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Com atuação nervosa e pouco inspirada, o Palmeiras encontrou muita dificuldade para criar jogadas de gol durante toda a partida e foi envolvido pela raça do Nacional, que chegou à vitória aos 5 minutos do segundo tempo com Nico López, de cabeça.
Com a derrota, os comandados do técnico Cuca, que assumiu o comando técnico da equipe no início da semana, após a demissão de Marcelo Oliveira, seguem com 4 pontos, agora na 3ª colocação, a quatro do Nacional, novo líder do grupo. O Rosario Central, da Argentina, que mais cedo venceu o lanterninha River Plate uruguaio (2 pontos), é o 2º colocado com 7 pontos.
Neste cenário, o Palmeiras se vê obrigado a vencer as últimas duas partidas que lhe restam, um duríssimo confronto na Argentina contra o Rosario Central, em 6 de abril, e o mais acessível duelo contra o River Plate em são Paulo, no dia 14 do mesmo mês.
– Nervosismo brasileiro e pressão uruguaia –
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A derrota para o próprio Nacional (2-1) na semana passada em pleno Allianz Parque colocou o Palmeiras em situação desconfortável no Grupo 2, atrás de Rosario Central e do clube uruguaio e sabendo que os argentinos certamente somariam três pontos contra o River Plate, time mais fraco da chave, o que acabou se confirmando.
Para não deixar Nacional e Rosario fugirem na tabela, Cuca, que teve menos de uma semana para treinar a equipe desde que assumiu o cargo de técnico do Palmeiras, armou uma equipe ofensiva e tirou Zé Roberto da lateral, voltando o veterano ex-jogador da seleção para o meio de campo, e optou pelo atacante Alecsandro, bom no jogo aéreo, no lugar do paraguaio Lucas Barrios.
As mudanças, porém, não surtiram efeito e o Palmeiras encontrou muita dificuldade para armar jogadas de perigo no primeiro tempo, dominados pela correria imposta pelos raçudos jogadores uruguaios.
Para piorar, o Palmeiras foi caindo na catimba do Nacional e se mostrando muito nervoso em campo, com intensas reclamações com o juiz a cada entrada dura da marcação uruguaia, que em muitos lances chegou à deslealdade.
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O Nacional, que de bobo não tem nada, aproveitou o bom momento e foi responsável pelas melhores chances de gol no primeiro tempo, sempre com o atacante Nico López, que obrigou o goleiro Fernando Prass a fazer boas defesas em chute colocado, aos 22 minutos, e em ajeitada para finalização de Barcia, aos 33.
O ‘Verdão’ aguentou a pressão no primeiro tempo, mas, antes de voltar para o vestiário, os jogadores se reuniram em campo e os medalhões do elenco, Prass, Zé Roberto e o zagueiro Edu Dracena deram uma bronca geral para tentar acordar a equipe.
– López decide –
A bronca não funcionou, nem as mudanças de Cuca, que no segundo tempo colocou em campo uma equipe mais parecida com a de seu antecessor Marcelo Oliveira, promovendo as entrada da promessa Gabriel Jesus e Robinho, com Zé Roberto voltando para a lateral.
Jogando no velho esquema, não demorou para o Palmeiras sofrer o gol da derrota.
Logo aos 5 minutos, o Nacional partiu em rápido contra-ataque e Ramírez colocou a bola na cabeça de López, que só tirou de Prass e partiu para o abraço.
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O Nacional tentou aproveitar o embalo e marcar um segundo gol para selar a vitória, mas o goleiro do Palmeiras voltou a ser o melhor jogador do time, salvando a equipe.
Vendo sua situação complicar muito no Grupo 2, o Verdão foi para o tudo ou nada nos minutos finais em busca do empate e quase alcançou o objetivo nos acréscimos com Alecsandro, que recebeu na entrada da área e soltou a bomba, mas o goleiro Conde espalmou.
Muito bem fechado, o Nacional se segurou, venceu o Palmeiras pela segunda vez em duas semanas e deixou o clube paulista mais distante da classificação, precisando de duas vitórias nas últimas duas partidas para chegar às semifinais.
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