A balneabilidade é apenas um dos critérios para avaliação de uma praia ou marina quando o assunto é receber o certificado de qualidade Bandeira Azul. O símbolo, que fica hasteado durante toda a temporada, é uma certificação com respaldo da ONU, Organização Mundial de Turismo, Organização Mundial de Saúde e Ministérios do Turismo e do Meio Ambiente nacional, e comprova que o lugar tem um projeto de sustentabilidade para manter as características de um bom lugar para curtir o verão.
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No Brasil, apenas cinco praias e duas marinas receberam a Bandeira Azul para a temporada 2015/2016, e duas delas estão em território catarinense: Palmas, em Governador Celso Ramos, e Lagoa do Peri, em Florianópolis. Ambas receberam a bandeira pela primeira vez neste mês de dezembro.
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— A Bandeira Azul na Lagoa do Peri foi um trabalho de gestão, que proibiu churrasco, ordenou o estacionamento e passou a gerir o lugar, o premio foi uma consequência. Em Palmas eles queriam a certificação e trabalham para atender os critérios. Foram colocadas lixeiras, projetos de educação ambiental, postos salva-vidas — avalia Leana Bernardi, diretora técnica do Programa Bandeira Azul no Brasil.
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A Praia de Palmas é tão criteriosa na gestão que o poder público costuma hastear a bandeira apenas quando a praia está toda limpa. Fato que precisa de dedicação e educação: com aproximadamente 3 quilômetros, é a maior praia em extensão com Bandeira Azul do pais.
— Cada lugar tem um inspetor que faz os trabalhos de acompanhamento. A qualquer momento, se os critérios não forem atendidos, a bandeira pode se retirada, de 1 a 10 dias, ou até por toda a temporada — explica Leana.
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Da França a Santa Catarina
O Programa Bandeira Azul iniciou na França em 1985 e, em 1987, passou a incluir outros países da Europa. A partir de 2001 ampliou para outros continentes e em 2006 chegou ao Brasil. O programa é gerido ONG Fundação para Educação Ambiental (Foundation for Environmental Education – FEE ) e inclui praias marítimas, fluviais e marinas.
Para uma praia receber a classificação da Bandeira Azul, a prefeitura precisa encaminhar a solicitação para as instituições responsáveis em cada país e então entrar no projeto piloto, que dura dois anos. No Brasil, o Instituto do Ambientes em Rede (IAR), antigo Instituto Ambiental dos Ratones, em Florianópolis, é o responsável pela avaliação do programa em todo o país.
— Eles são mais exigentes no que diz respeito à qualidade de água no Brasil do que na Europa. Ou seja, numericamente falando, em coliformes fecais nossos números devem ser melhores para atender a lei nacional. Essa diferença está pelo fato de no Brasil, as águas serem mais tropicais e quentes se comparadas a Europa — explica Leana.
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