Como Palhoça, um dos municípios da Grande Florianópolis que mais cresce economicamente, trata suas crianças e adolescentes? A resposta poderá ser conferida nesta terça-feira, a partir das 14h, no Centro de Convivência do Idoso.

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Na ocasião, o Instituto Comunitário da Grande Florianópolis divulgará o estudo Sinais Vitais, com dados e indicadores da situação de crianças e adolescentes do município.

O levantamento mostra que mais da metade da população da cidade tem menos de 30 anos, e nas regiões mais pobres, crianças e jovens com idade inferior a 19 anos correspondem a quase 50%.

Por outro lado, os investimentos em áreas que afetam diretamente os jovens, como saúde, educação, cultura, esporte, lazer e assistência social representam 48% da receita pública do município.

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Esta é a primeira vez que o ICom realiza o estudo com indicadores referentes ao município de Palhoça. A demanda em conhecer de forma sistematizada os indicadores da cidade partiu do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

– Há um movimento nacional que busca conhecer os desafios, as políticas públicas para alcançar um desempenho esperado pela atuação do poder público e das organizações da sociedade civil – salienta Anderson Giovani da Silva, gerente executivo do ICom.

O diagnóstico revela que o poder público tem investido nos setores que mais afetam a vida de crianças e dos adolescentes, mas os resultados ainda não são vistos. Na educação, por exemplo, o número de professores com curso superior dobrou, mas em comparação com os outros municípios da Grande Florianópolis, Palhoça ainda tem o indicador de qualidade da educação (IDEB) entre as médias mais baixas da região.

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Já na saúde, faltam especialistas para o público infantil, não há leitos pelo SUS e uma em cada seis grávidas tem menos de 19 anos.

– Isso mostra que alguns problemas e desafios não serão solucionados apenas com maiores investimentos ou políticas públicas imediatas, mas são questões também de cultura e educação, que devem ser trabalhadas no longo prazo – pondera Silva.

Mais da metade da população tem menos de 30 anos, e nas regiões mais pobres, crianças e jovens com idade inferior a 19 anos correspondem a quase 50%. O Instituto Comunitário Grande Florianópolis é uma organização sem fins lucrativos criado em 2005, que visa promover o desenvolvimento comunitário por meio da mobilização, articulação e apoio a a investidores e organizações sociais.

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Algumas conclusões

Mais da metade da população de 137.334 habitantes tem menos de 30 anos

Cerca de 32% da população tem entre zero e 19 anos

Nos últimos 20 anos a população cresceu mais do que nos 97 anos anteriores a suas história

Remuneração mensal média dos empregados formais (2008) é de R$ 902.270; enquanto em SC é de R$ 1.253.73 e no Brasil de R$ 1.436.70

Pontos positivos

O crescimento econômico acelerado no município gera oportunidades que atraem migrantes de diversas partes do Estado e do País Grande parte do crescimento econômico deu-se pela ação dos migrantes com destaque para a força de trabalho acima de 18 anos

O crescimento econômico aumentou a capacidade de arrecadação municipal

A arrecadação municipal subiu de R$ 352 milhões em 1999 para mais de R$ 1 bilhão em 2007

O município de Palhoça tem investido mais do que o exigido pela legislação nas áreas de saúde e educação

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A taxa de analfabetismo da população de 15 anos ou mais caiu de 6,5% (Censo de 2000) para 2,9% (Censo 2010)

Desafios

O crescimento econômico foi acompanhado de forte concentração de renda, com aumento da desigualdade

A velocidade do crescimento econômico e populacional acarreta uma série de desafios sociaisl, agravados pela ocupação urbana desordenada

A disputa pelos postos de trabalho em Palhoça é acirrada, tornando necessária a criação de novas oportunidades, sobretudo para o grande número de jovens que buscam ingressar no mercado de trabalho

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