A Polícia Civil está investigando um grupo de pessoas fantasiadas de palhaço que arrecada dinheiro de motoristas em ruas de Florianópolis. Vestidos com camisetas com o slogan “Mensageiros do amor”, os integrantes atuam desde janeiro em sinais do Centro vendendo cartões-postais a R$ 2 aos motoristas.

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Eles alegam que metade do dinheiro arrecadado é doado à instituições de caridade, ao Conselho Tutelar da Capital e ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, na Capital, conforme apurou o Jornal do Almoço, da RBSTV, nesta terça-feira.

De acordo com o delegado titular da 1a DP de Florianópolis, Arilton Zanelatto, uma equipe foi designada para investigar o grupo. Zanelatto afirma que, por enquanto, não há indícios de crime.

– Abriremos um inquérito a partir da constatação de que essas pessoas estão cometando crime de estelionato e não apenas pedindo esmola – observou Zanelatto.

O grupo que veio de São Paulo para aplicar golpes na Capital atuam nos sinais da Avenida Beira-mar Norte, em frente ao Hotel Majestic e no da Avenida Paulo Fontes, em frente ao Terminal Rodoviário Rita Maria.

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Os palhaços também arrecadam dinheiro em ônibus da linha Canasvieiras. Um passageiro que preferiu o anonimato disse que a primeira vez que viu o grupo no ônibus foi há um mês e que muitas pessoas compraram os cartões-postais.

Na reportagem da tv, o líder do grupo, Percival de Souza, 37 anos, disse que é corretor de imóveis e natural de Ribeirão Preto (SP).

– Fazemos doações esporádicas a famílias carentes. Esse é o trabalho do grupo: levar alegria – afirmou Souza à RBSTV.

O chefe de marketing do Hospital Infantil, Carlos César Vieira Duda, informou que o grupo não tem qualquer vínculo com o hospital nem autorização para arrecadar dinheiro em seu nome.

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– Alertamos a comunidade que não doem dinheiro para pessoas em nome do Hospital Infantil porque estão sendo lesados – disse Vieira Duda.

O chefe de marketing do Infantil lembrou que a única entidade autorizada a fazer campanhas em prol do hospital é a Associação de Voluntários do Hospital Infantil, que atua há 38 anos.

Vieira Duda reforça que existe um grupo de palhaços autorizados a atuar no hospital: os Agentes do Riso. Eles não comercializam nada, interagem com as crianças fazendo a terapia do riso.

O secretário municipal de Assistência Social, Alessandro Abreu, afirmou que o grupo de palhaços investigado pela polícia não tem qualquer vínculo com os conselhos tutelares, que recebem recursos da prefeitura.

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