Para que a vida tenha alguma chance de valer a pena, é importante que você se encante com o que faz. A frase é uma síntese do que foi a palestra de Clóvis de Barros Filho nesta sexta-feira, 17, última dia da Expogestão 2013, em Joinville.

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Além de advogado, jornalista, doutor em Direito pela Universidade de Paris e em Comunicação pela Universidade de São Paulo, Barros Filho é também um showman – termo que mais se ouvia entre os congressistas ao final de sua apresentação.

Com um discurso carismático e bem humorado, que levou o público às gargalhadas em diversos momentos, Barros Filho ministrou a palestra “Do balanço da empresa ao balanço da vida, a vida que vale a pena viver”.

Durante a apresentação, ele utilizou três conceitos diferentes da palavra “amor” para explicar, ou pelo menos tentar, o comportamento humano, justificando se determinadas atitudes e posturas realmente valem a pena.

O primeiro exemplo citado foi a definição de amor segundo a visão de Platão. Para o filósofo grego, amar é desejar tudo aquilo que não se tem ou não se pode ter.

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Barros Filho destacou que desde o início da vida as pessoas são incentivadas a desejar o que ainda não possuem, seja no campo pessoal (conquistar a pessoa amada, por exemplo) ou no profissional (bater metas e conseguir uma promoção). O resultado é óbvio: a satisfação nunca virá, pois sempre existirá algo a ser alcançado.

– Essa vida de sempre perseguir o que não se tem não vale a pena – disse.

Isso não quer dizer que as pessoas não devem ter ambição, mas é importante que elas se sintam felizes e alegres com o que já têm ou conquistaram. Essa é a definição do segundo conceito de amor, o de Aristóteles, explicada por Barros Filho na apresentação.

– O grande desafio contemporâneo é tornar o desejo uma alegria.

O terceiro e último conceito da palavra amor apresentada por Barros Filho é o de Cristo: o amor ao próximo. Este é o mais sofisticado dos três porque no desejo e na alegria o que importa é o indivíduo. Neste caso, o mais importante é o outro.

Para o especialista, o ideal é unir esses três tipos de amores. As pessoas precisam desejar demais o que ainda não têm, mas precisam se contentar com o que já possuem e proporcionar alegria aos que estão à sua volta.

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Apesar do conselho, Barros Filho refuta a ideia de que esta seja a fórmula da felicidade.

– Não tenho nenhuma dica para você ser feliz. O maior especialista da sua vida é você.