Desde a Revolução Francesa (1789-1799), até a eleição do pai, Jair Bolsonaro (PSL), à presidência da República em 2018, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez um passeio pela história sob o ponto de vista conservador. Para uma plateia de apoiadores em Criciúma, o parlamentar falou sobre temas diversos desta sexta-feira, de forma descontraída e, por muitas vezes, irônica.

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Entre os temas da fala, que durou pouco mais de uma hora, Eduardo citou Karl Marx e Friedrich Engels, que foram vaiados pela plateia. Ao comentar sobre manifestações populares na década de 1960, ele disse que parte desse passado os "professores de história maconheiros" não contam.

Ao falar sobre 1964, ele lamentou que os militares, ao assumir o poder, deixaram de lado a questão cultural. Esse seria um dos motivos para que a esquerda, que foi tratada pelo pronome pessoal "eles" ao longo da palestra, conseguisse fazer com com que sua ideologia ganhasse corpo.

Eduardo disse estar preocupado com o que considera "a doutrinação imposta pelos professores".

— Eu sempre digo para o presidente, a economia está melhorando, a Arábia Saudita investindo aqui, Trump querendo fazer acordo de livre comércio, mas só isso não adianta, se não essa galera vai voltar, precisa da educação — comentou.

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Sobre o pensamento crítico, proposto por Paulo Freire, o deputado disse que significa "aprender feminismo na escola e aplicar na prova do Enem questão com vocabulário de travestis", entre outros exemplos. Ele também agradeceu a força dos apoiadores nas redes sociais, e disse que a internet "ainda é o único local onde eles (contrários ao governo) não conseguem dominar".

— Se a Folha e a Globo estão batendo é porque aquela pessoa é boa, e o presidente continua tendo como único apoio vocês. Como o presidente tem agenda cheia, a gente acaba percorrendo o Brasil para ser um termômetro dele — comentou.