Os palestinos anunciaram nesta terça-feira que retomaram seus esforços para levar os líderes de Israel perante o Tribunal Penal Internacional (TPI), apesar da decisão dos Estados Unidos de fechar a missão da OLP em Washington por causa desses esforços em Haia.
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Saeb Erekat, número dois da Organização para a Libertação da Palestina, disse a repórteres em Ramallah que a OLP entregou ao TPI novos elementos que provam os “crimes de guerra” israelenses na aldeia beduína de Khan al Ahmar, na Cisjordânia ocupada.
Os palestinos já haviam apresentado um dossier ao TPI sobre o destino desta aldeia com habitações de chapa metálica e lona, onde cerca de 200 beduínos vivem.
Este caso inclui “crimes” tais como o deslocamento forçado da população, “limpeza étnica” e destruição de propriedades particulares, indicou Erakat.
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Os palestinos também solicitaram ao TPI para agilizar a revisão de outros casos sobre crimes de guerra israelenses que, segundo afirmam, ocorreram durante a guerra de 2014 na Faixa de Gaza, ou que estiveram ligados à colonização, ressaltou Erekat.
A direção palestina demonstra, assim, a sua vontade de não ceder à pressão do governo do presidente Donald Trump, com o qual congelou as suas relações desde dezembro de 2017 após o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como capital de Israel.
Depois de várias sanções, a Casa Branca anunciou na segunda-feira o fechamento da representação da OLP em Washington, argumentando que os palestinos não fizeram nada em favor de negociações de paz, por sua recusa em falar com o governo americano e pelas ações contra Israel perante o TPI.
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* AFP