Um palestino morreu após ser atingido por tiros do exército israelense nesta sexta-feira (8) na Faixa de Gaza. O incidente ocorreu durante manifestações contra o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel. Mahmud al-Masri, 30 anos, morreu a leste de Khan Yunes quando protestava perto da barreira de segurança de Israel com a Faixa de Gaza. Ele é o primeiro palestino a ser morto durante manifestações contra a decisão do presidente norte-americano Donald Trump, anunciada na quarta-feira (6).
Continua depois da publicidade
Cerca de 50 policiais israelenses entraram em confronto com dezenas de manifestantes palestinos nas ruas da Cidade Velha, em Jerusalém, nesta sexta-feira. Em Hebron, Belém, Jericó e perto de Nablus, as forças israelenses responderam às pedras lançadas por jovens palestinos com balas de borracha e gás lacrimogêneo.
Leia mais
Líderes mundiais reagem ao projeto de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel
Em 10 tópicos, entenda por que, afinal, a questão de Jerusalém é tão importante
Continua depois da publicidade
Trump reconhecerá nesta quarta-feira Jerusalém como capital de Israel
A morte de um segundo palestino chegou a ser anunciada, mas o ministério da saúde na Faixa de Gaza se retratou sobre o caso. O homem, atingido por um tiro na cabeça, continua vivo, apesar de estar em um estado gravíssimo. O porta-voz do ministério, Ashraf al-Qudra, explicou que o jovem chegou a ser declarado morto, mas os médicos conseguiram reanimá-lo no hospital.
Na quinta-feira (7), ao menos 20 palestinos ficaram feridos durante os protestos contra a decisão de Trump. Cartazes e bonecos com o rosto do presidente foram queimados, assim como a bandeira americana. O movimento Hamas chegou a convocar uma nova intifada, reação palestina. Em resposta, para esta sexta-feira Israel anunciou que mobilizou centenas de policiais.
A iniciativa do presidente americano provocou críticas entre lideranças mundiais, entre elas a do presidente turco. Recep Tayyip Erdogan, que assegurou que Trump lançou o Oriente Médio em “um círculo de fogo”. Desde a criação de Israel, em 1948, a comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital e sempre considerou que o status oficial da Cidade Santa deveria ser negociado entre palestinos e israelenses.