A programação de shows nacionais da Festa Nacional do Pinhão, que começa nesta sexta-feira (20), em Lages, traz estilos que vão do pagode ao funk melody, em uma mistura curiosa que passa por Naldo Benny, Zé Ramalho e Lucas Lucco. Apesar de ajudarem a atrair o público (só na edição de 2015, mais de 145 mil pessoas estiveram no evento), é no Palco Nativista que a verdadeira cultura serrana pode ser apreciada.

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Festa do Pinhão: veja a programação do Palco Nativista

Confira as atrações nacionais do evento

O tradicionalismo é muito forte na região e na Festa do Pinhão o público pode curtir shows de músicos regionais, seguidos por um bailão noite adentro. As apresentações ocorrem diariamente, a partir das 20h, e disputam de igual para igual com as do Palco Nacional. Desta vez, serão mais de 30 atrações, além dos aguardados festivais Sapecada da Serra Catarinense e Sapecada da Canção Nativa, com composições nativistas que falam sobre a terra, o homem do campo, as tradições do Sul, a família, as histórias melancólicas e o amor.

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Conheça as Sapecadas, festivais que promovem a música nativista na Festa do Pinhão

Um dos representantes de SC que sobem ao Palco Nativista é o Trio Rédea Solta, que dá ao regionalismo catarinense um sotaque urbano. O grupo formado por Arthur Boscato, Felipe Silveira e Rafael Vieira em 2013 teve seu primeiro disco, Frutificando, eleito álbum do ano no Prêmio da Música Catarinense em 2015. Outro, mais veterano, é Ivonir Machado. O gaúcho radicado em Santa Catarina é bastante popular e faz cerca de 20 shows por mês – nos fins de semana, chega a se apresentar em dois ou três lugares diferentes no mesmo dia.

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Já o lageano Jones Andrei Vieira concilia a profissão de advogado com a de músico. Ele participa de todas as edições da Festa do Pinhão desde 1996 e já teve a canção De Serrano pra Serrano premiada nas Sapecadas, nas categorias Música Mais Popular e Melhor Tema da Região Serrana. Acordeonista, também já ganhou os prêmios de Melhor Intérprete e Melhor Instrumentista. Ele se apresenta no Palco Nativista neste sábado (21).

O festival Sapecada da Serra Catarinense é voltado para artistas locais. Já a Sapecada da Canção Nativa é aberta aos músicos dos países do Mercosul e comparada com tradicionais festivais gaúchos como a Califórnia da Canção Nativa, em Uruguaiana, a Reculuta da Canção Crioula, em Cachoeira do Sul, e o Reponte da Canção, em São Lourenço do Sul.

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— Nas minhas composições, procuro evidenciar coisas da região serrana, os costumes, a gastronomia, os pinheiros. A Sapecada regional já está no mesmo nível da da Canção Nativa. No início, serviu como uma troca de experiências, aprendizado e interação com músicos mais experientes do Rio Grande do Sul. Mas fomos amadurecendo. Vários que iniciaram as carreiras ali estão dando um show hoje. O evento deu oportunidade pra mim e pra outros tantos — conta Vieira.

Entre os ritmos apresentados nos festivais estão milonga, chamamé, chimarrita, candombe, vaneira e xote.

Agende-se

As apresentações no Palco Nativista ocorrem diariamente, a partir das 20h. Os ingressos estão à venda via Blueticket e também dão direito a assistir aos shows do Palco Nacional (no Palco Nativista, não há divisão entre pista, área VIP e camarote). Na segunda (23) e terça-feira (24), dias da Sapecada da Canção Nativa, a entrada é gratuita.

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