Colecionadora de álbuns de figurinha de futebol e dona de mais de 20 camisetas azurras, a professora Jimena Furlani, 55 anos, herdou a paixão pelo Avaí da mãe, Nesi Furlani. Desde pequena, acompanhava a efusiva torcida materna – por sua vez, herdada de uma tia de Palhoça –, mas não deixava os afazeres para ir ao campo assistir aos jogos. Sócia do clube desde cedo, passou a acompanhar o Leão da Ilha em 2000, também por influência da genitora.

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– Ela (Nesi) se tornou conselheira e passamos a participar. Até hoje, aos 82 anos, ela faz trabalhos voluntários junto ao clube – conta.

Não é diferente com Jimena. Além de conselheira do clube, a professora pintou toda a casa em que mora de azul, como homenagem ao Avaí. Passou a ser uma das torcedoras assíduas, que acompanha a quase todos os jogos, com exceção dos clássicos. A decisão foi tomada em 2009.

– O Avaí estava jogando muito bem e levou um gol. Quase enfartei e decidi que não iria mais ver. É porque fico agoniada, ansiosa, quero sair e andar. Não consigo – explica ela.

Camiseta da sorte

Entre as mais de 20 camisetas do Avaí, há uma entre as mais antigas, que Jimena Furlani cuida com um carinho especial, porque “já deu sorte”, diz ela. Explicação: foi usada durante uma final contra a Chapecoense, em que o Leão da Ilha venceu por 6 a 1, na Ressacada, na decisão do Campeonato Catarinense de 2009.

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Mas nem só de alegrias se vive. A torcedora e conselheira do Avaí lembra um momento difícil vivido ainda em 2000, quando o time precisava apenas de um empate para subir para a Série A do Brasileiro, mas foi derrotado.

– Entrei no meu carro e dei voltas pela (praia de) Daniela, ouvindo o jogo. Estava muito ansiosa. Foi o momento mais triste pra mim – lembra.
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(Foto: Tiago Ghizoni)

Passado 2019, em que o Leão acabou rebaixado, a torcedora tem as esperanças renovadas para 2020. Jimena não esconde o otimismo ao falar da temporada que vem pela frente, mas faz uma cobrança:

– Futebol é imprevisto. Por isso sempre renovo a expectativa. Seja qual for o jogador que vai chegar, não interessa, o importante pra mim é que o time seja competitivo, entrosado e que consiga resultados. Tenho uma esperança enorme pela Série B (do Brasileiro), para ser campeão catarinense e por ganhar a Recopa, neste sábado (dia 18).