Com a popularização de diversos tipos de cerveja, o interesse pela harmonização de sabores dos lúpulos e maltes tem crescido muito. Afinal, a quantidade desses ingredientes em cada tipo de cerveja altera o sabor da bebida. As mais lupuladas têm notas amargas e sensíveis e as torradas se aproximam de sabores achocolatados, por exemplo.

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Mais do que conhecer as características da bebida, a sommelière Bárbara Mörtl destaca a importância de equilibrar os sabores, seguindo uma das regras universais de harmonização: pratos leves combinam com cervejas leves, pratos complexos com cervejas fortes.

— A harmonização segue a mesma linha de raciocínio utilizada com vinhos, mas com técnicas voltadas para o sensorial da cerveja. Existem algumas regras consagradas, e que não precisam ser seguidas como dogmas, mas nos ajudam a encontrar a melhor combinação e evitar cometer grandes erros na hora de harmonizar. A primeira delas é buscar esse equilíbrio de potências — ensina Bárbara.

O equilíbrio vai muito além de definir qual proteína será utilizada no prato e vai depender das características de cada corte e preparo. No caso das aves, por exemplo, a especialista comenta que enquanto o peito de frango grelhado é leve e delicado, e combina com a suavidade da Witbier, a sobrecoxa com um molho agridoce tem um sabor mais intenso e harmoniza com cervejas mais encorpadas, como a Weiss.

Outra dica é buscar analogias e similaridades, como um preparo com molho de ervas que pode ir muito bem com cervejas com notas herbais provenientes do lúpulo.

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— As harmonizações possuem maior compatibilidade quando compartilham elementos de aromas e sabores em comum — destaca a sommelière.

Sommelière Bárbara Mörtl
Sommelière Bárbara Mörtl (Foto: Divulgação)

Carne suína combina com cerveja

Bárbara ressalta que não existe “paladar absoluto” e as harmonizações são pessoais, valendo se arriscar para encontrar combinações surpreendentes.

— Uma das principais funções da cerveja é nos dar prazer. Então experimente sempre e se divirta — complementa.

Uma das proteínas que permite essa criatividade é a carne suína, que tem como principal característica a versatilidade, seja de cortes ou de preparos.

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— A carne suína é intensa em aromas e sabores e, dependendo do corte, pode ser mais gordurosa. As cervejas mais amargas são boas aliadas para cortar a gordura e equilibrar o paladar. Outros estilos com notas torradas também harmonizam muito bem com as carnes suínas braseadas e grelhadas — comenta Bárbara.

A sommelière também reflete sobre a possibilidade de preparar essa proteína de diversas maneiras e, assim, combinar com variados tipos de cerveja. Segundo a especialista, a costelinha assada pode ser muito bem acompanhada de uma Brown Ale e suas notas tostadas. Já no churrasco, vai muito bem com uma IPA, quando o amargor da cerveja corta a gordura da carne, equilibrando o paladar.

Costelinha suína
Costelinha suína (Foto: Sabor Catarina)

— Embutidos como linguiças, salames e copa são mais salgados e intensos. Neste caso, o contraste com cervejas mais maltadas, com o dulçor do malte evidente, equilibra os sabores. Uma boa dica é experimentar a combinação com o estilo Doppelbock — recomenda.

Agora que você já conhece alguns truques para harmonizar carnes com cervejas, basta chamar os amigos e combinar o almoço ou jantar. Confira mais dicas no portal Sabor Catarina.

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