Paixão Azurra: Um atestado de desistência dos jogadores

E lá vamos nós, mais uma vez, escrever sobre uma derrota do Avaí. Mais especificamente a quinta seguida, a décima oitava no campeonato. Não há precedente histórico do nível de humilhação que sofre a torcida do Leão em 2019.

Ontem, além da pobreza técnica, característica marcante desse elenco, o que se viu em campo foi um atestado de desistência, desmotivação, desinteresse por parte dos jogadores. Que o rebaixamento já está sacramentado, todos no fundo já sabem há algum tempo. A mensagem de alguns atletas de que “enquanto houver chances vamos lutar” é o atestado perfeito de que a luta não existe mais, visto que todos já sabem que o Avaí já está na Série B. Os jogadores precisam, sim, respeitar o torcedor avaiano. Lutar dentro de campo é obrigação para honrar a instituição, independentemente de qualquer pontuação e projeção na tabela de classificação.

E os dirigentes, por sinal, não podem apenas pensar em 2020 e assistirem inertes a pior humilhação de toda a história do Avaí. É preciso se indignar, se revoltar, exigir respeito. O clima que transparece é que, dentro do clube, ninguém mais liga para o que está ocorrendo. Apenas o torcedor, o grande humilhado de toda essa história.

Escolhas erradas

Evando segue um pouco perdido no comando do Leão. Apesar da proposta mais conservadora – que até resultou em maior competitividade em determinadas partidas – as escolhas individuais não fazem sentido. Pedro Castro já treina normalmente e poderia ser aproveitado. Jogadores como Wesley e Igor claramente sentiram a subida para os profissionais. A tentativa forçada de promover alguns jogadores nessa situação pode, inclusive, prejudicar a imagem destes perante o torcedor.