Enfim, uma vitória perante o torcedor na Ressacada. Tudo sob o olhar atento de Rodrigo Santana, novo técnico do Leão. A mudança estrutural promovida por Evando com apenas um dia de treinamento funcionou e, apesar das dificuldades do jogo, se observou uma equipe mais leve e com mais vocação ofensiva. Por mais que existam problemas físicos, os jogadores contratados precisam assumir a responsabilidade, e demonstrar em campo que valeu a pena o investimento realizado.
Continua depois da publicidade
A ruptura com o modelo de jogo arquitetado pelo português Augusto Inácio foi imediata, saindo o sistema com três zagueiros para um interessante 4-1-4-1, com Bruno Silva jogando mais adiantado junto com Valdivia no setor criativo. A estreia de Kelvin foi muito boa, mostrando que pode ser peça fundamental no novo momento do Avaí. Por outro lado, mais uma atuação discreta de Rildo, que precisa melhorar muito em termos físicos e técnicos. Evidentemente que é preciso tempo para amadurecer e evoluir o conceito, mas há um caminho a seguir com esse esquema tático.
Em tempo
A saída de Augusto Inácio repercutiu nacional e internacionalmente, por todo interesse que existia no trabalho do português no Brasil. Comentários genéricos, sem assistir a um jogo sequer no Avaí na temporada, não contribuem. Evidente que com sete partidas é impossível se cobrar resultados imediatos, mas o problema com o português era outro.
Não havia qualquer perspectiva de melhora, e o treinador recorreu a um modelo de jogo defensivo e totalmente inadequado ao elenco do Avaí. Além de tudo, o modelo não funcionava, e o time além de não criar nada ainda se defendia muito mal. Nenhuma surpresa para quem pesquisou a fundo a carreira do treinador, que coleciona fracassos recentes. O erro foi contratar Augusto Inácio. A troca prematura no comando foi apenas consequência dessa escolha equivocada.
Continua depois da publicidade