Na última quinta-feira (13), o Avaí foi derrotado para a Ferroviária em Araraquara por dois a zero e se despediu precocemente da Copa do Brasil. A expectativa para o duelo já era de dificuldades, apesar da superioridade técnica do grupo do Leão, mas se esperava também um Avaí melhor, mais encaixado e jogando um duelo decisivo como a partida pedia. Não foi o que aconteceu. Desde o longínquo ano de 2000, 20 anos atrás, o Avaí não era eliminado na primeira fase ao disputar a competição. O resultado foi trágico sob vários aspectos.
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Financeiro
No site oficial do clube, é possível verificar a projeção de orçamento recém aprovado junto ao Conselho Deliberativo para a temporada 2020. Entre a expectativa de receita, a premiação correspondente a participação na Copa do Brasil era de dois milhões e seiscentos mil reais, o que equivale em média alcançar a terceira fase da competição.
A eliminação não estava nos planos do Avaí e prejudica muito o clube financeiramente, e a tabela era altamente vantajosa para o time azurra. Se passasse pela Ferroviária, o Leão iria encarar o Água Negra do MS, dentro da Ressacada, e na fase seguinte enfrentaria Operário PR ou América MG. O clube vai ter que ser virar internamente para suprir a evidente necessidade.
Sem rumo
Além do prejuízo financeiro, outro aspecto negativo visto na partida de ontem foi a completa bagunça tática demonstrada pelo Avaí no decorrer do jogo. O sistema proposto pelo treinador, vocacionado para a defesa e contra ataques, não se encaixou adequadamente, e o Avaí além de não se defender bem, é um deserto de ideias no setor ofensivo.
Até aqui, o que não para nas coletivas de Inácio são as justificativas, ainda que os demais clubes também passem por problemas. Em sete partidas, o Avaí marcou gol apenas no clássico e contra o Marcílio Dias. Números que preocupam muito para a sequência e, com a eliminação, a pressão aumenta muito sobre a comissão técnica. O Avaí precisa de uma reação imediata, sem desculpas.
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