Como sempre destacado na coluna, inclusive na época do antecessor de Valentim, o elenco dá pouca ou praticamente nenhuma opção para os treinadores. Certamente, o pior já formado para uma disputa de Série A de Campeonato Brasileiro em toda a história. A responsabilidade pela catástrofe de 2019 será exclusivamente do presidente Francisco Battistotti e do seu departamento de futebol. Dito isto, algumas situações precisam ser analisadas.
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Diferentemente do que os comandantes costumam enfrentar, Valentim teve tempo para treinar a equipe. Para ser preciso, foram 24 dias desde sua apresentação até a estreia. O treinador não enfrentou, também, nenhuma maratona de jogos. Enquanto vários adversários jogavam duas vezes por semana, até então Valentim sempre teve semanas cheias para trabalhar.
Além da ausência de resultados, o Avaí se tornou, sob o seu comando, num todo, uma equipe ainda mais fraca e inofensiva do que vinha jogando. Todas as certezas que antes existiam foram soterradas para início de um novo trabalho. Escolhas individuais inexplicáveis como Luanderson na zaga, Julinho por dois jogos, Douglas na titularidade, João Paulo no banco e, mais recentemente, a insistência com uma dupla de zaga que supera os 70 anos, com o sumiço de Kunde, tal qual estava sumido também Caio Paulista. A impressão que fica é que Valentim jamais saiu da estaca zero.